A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro deve concluir até o próximo mês um estudo sobre o impacto do crescimento econômico na segurança em oito áreas do estado, entre elas o Complexo Industrial do Porto do Açu, em São João da Barra, norte do estado, e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, região metropolitana. A informação foi dada hoje (5) pelo secretário José Mariano Beltrame, que participou de um fórum sobre o desenvolvimento do Rio diante do desafio de organizar a Copa do Mundo de 2010 e as Olimpíadas de 2016.

De acordo com Beltrame, o objetivo do levantamento é antecipar as medidas que o estado deverá tomar para evitar a escalada de violência em locais que se tornarão importantes polos de desenvolvimento, atraindo mão de obra.

“É preciso analisar agora o impacto nesses lugares, onde vamos ter propostas de crescimento econômico e chegada de pessoas para trabalhar. É preciso antecipar o quanto essa migração que é esperada vai refletir em efetivo [policial], viaturas, atendimentos em delegacias”, explicou.

O secretário garantiu que até 2014 serão implantadas 44 unidades de Polícia Pacificadora (UPP) no Rio, atendendo a cerca de 600 mil pessoas. Ele negou que haja contradição em relação à promessa do governador Sérgio Cabral de que todas as favelas do Rio estariam pacificadas até lá. Beltrame destacou, no entanto, que nem todas as comunidades precisam desse tipo de intervenção e que uma UPP pode atender a várias comunidades.

Ele disse ainda que, para cumprir as propostas para a área de segurança, o efetivo da polícia no estado precisa saltar dos atuais 30 mil policiais para 55 mil.