Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) esperam a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, no patamar de 10,75% ao ano, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), marcada para amanhã e quarta-feira (20).
Para os analistas, a Selic, instrumento de controle da inflação, também não deve ser alterada na última reunião do ano, nos dias 7 e 8 de dezembro. O Copom eleva os juros para estimular a poupança e conter a expansão excessiva da demanda. O comitê também pode não mexer nos juros básicos quando acredita que o patamar da taxa é suficiente para gerar equilíbrio entre o que se produz, o que se compra e os preços. Pode ainda reduzir a taxa Selic se o objetivo for aquecer o mercado consumidor e estimular a atividade econômica.
Segundo o boletim Focus, divulgado hoje (18) pelo BC, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar acima do centro da meta de inflação (4,5%) neste ano e em 2011, na avaliação dos analistas. Mas a expectativa está abaixo do limite superior de 6,5%. A projeção para o IPCA neste ano está em 5,20%, contra 5,15% da semana passada. Essa estimativa tem crescido nos últimos dias. Há quatro semanas, a projeção era de 5,01%. Para 2011, a expectativa para o IPCA oscilou de 4,98% para 4,99%. Essa estimativa era de 4,95% há quatro semanas, e.
O boletim Focus também traz projeções para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). A previsão referente a esse índice passou de 9,64% para 9,68%, neste ano, e de 5,08% para 5,14%, em 2011. A expectativa para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) oscilou de 9,57% para 9,73%, em 2010, e de 5,07% para 5,25%, no próximo ano.
A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), neste ano, passou de 5,24% para 5,33%. Para 2011, subiu de 4,63% para 4,66%.
A expectativa dos analistas para os preços administrados caiu de 3,53% para 3,50%, em 2010, e de 4,75% para 4,70%, em 2011. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo, entre outros.