A partir de hoje (21), o Rio Grande do Sul está capacitado para produzir navios e plataformas marítimas para a exploração de petróleo. O Polo Naval do estado foi inaugurado pelo presidente Lula que, no seu discurso, destacou o fato de algumas pessoas não acreditarem que seria possível construir sondas e plataformas para a Petrobras no Brasil. “Havia quem dissesse que eu estava mentindo, blefando, quando eu falei que era possível fazer as plataformas e sondas da Petrobras aqui no Brasil, que tínhamos que comprar de Singapura por que estávamos predestinados a sermos incompetentes”, afirmou.
Para o presidente da República, essa falta de visão existia porque há mais de duas décadas o setor naval deixou de receber grandes investimentos. “Isso havia uma razão de ser, o povo brasileiro havia 25 anos que não via o Brasil fazer grandes investimentos e gerar muito emprego, as pessoas estavam desacreditadas que o Brasil pudesse ter soberania”.
Os dados do desemprego, divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram que a taxa de setembro foi de 6,2%, a menor registrada desde o início da série histórica, em 2002, foram comentados pelos presidente Lula. “É o menor desemprego nesse país. Os outros que pensavam que eram melhores do que nós como os Estados Unidos tem 10%, 20% de desemprego”.
Ele também citou a previsão do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) de que serão injetados R$ 102 bilhões na economia brasileira com o pagamento do décimo terceiro salário. “É mais gente comprando, produzindo. Este é o país que vamos deixar depois de oito anos na Presidência da República”.
O Polo Naval do Rio Grande tem plataformas flutuantes de perfuração, produção e de apoio destinadas à construção e ao reparo de unidades marítimas para a indústria do petróleo. A principal instalação é o dique seco, equipado com um pórtico capaz de erguer até 600 toneladas. Isso possibilita a construção simultânea de dois navios petroleiros ou duas plataformas, permitindo permitir que os serviços antes realizados no exterior possam ser feitos no Brasil.