“Socorro ao setor”, nome dado pelo diretor da Incoesp (Cooperativa das Indústrias de Cerâmica do Oeste Paulista), Milton Salzedas, que notou na liberação da Mineradora Aldeia do Lago, do Grupo Leonardi, a solução que pacificará o problema dos mais de 90 empresários do ramo por pelo menos 10 anos de argila.

Liberada pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) há uma semana, a mineradora que começou a explorar argila na Fazenda Campo Belo, município de Panorama, trará boa perspectivas para o setor com geração de mais de dois mil empregos diretos, atendendo a indústria cerâmica com material de primeira com frete mais barato para ceramistas no município. O material existente na área serve para a produção de manilha, tijolo e telha.

“Esperamos muito tempo por isso e agora estamos em condições de comercializar a nossa produção. Temos maquinário próprio para retirar a argila e colocar nos caminhões. Tudo isso gera nova expectativa para a produção dos ceramistas da região, já que temos condições de oferecer a matéria-prima por muitos anos”, comemora o industrial da Mineradora, Bruno Luiz Leonardi.

A empresa iniciou a atividade com fornecimento de material para cerca de 130 cerâmicas, dessas 92 são associadas à Incoesp. Leonardi disse que a liberação da mineradora levou um ano e meio para reunir todo tipo de documentação necessária para autorizar a exploração.

O industrial adiantou que em breve o Grupo Leonardi fará contato com a provedoria da Santa Casa para doar uma quantia em dinheiro para a Santa Casa de Panorama. Valor que será fixado para repasse mensal, porém não revelado por ele.

Antes, apenas a mineradora do grupo epitaciano Irmãos Fred fornecia matéria-prima.

“Não deixaremos de lado nosso antigo parceiro, mas com o grupo daqui de Panorama teremos economia no frete. Na minha empresa, por exemplo, eu pago R$ 100 para um caminhão transportar 12 metros cúbicos de argila. Agora, poderei pagar R$ 60, e no máximo, com o Grupo Leonardi. O mercado foi reaquecido e mais três indústrias de cerâmica em Panorama e duas em Paulicéia já estão sendo construídas”, afirma Salzedas.