Com o início das férias de verão é comum que a criançada fique boa parte do dia exposta ao sol e se alimente de lanches e refeições rápidas. Para aproveitar o final de ano sem problemas, os pais devem tomar alguns cuidados.
Segundo o doutor Jorge Huberman, pediatra e neonatologista do Hospital Albert Eisten e do Instituto Saúde Plena, a alimentação da garotada deve ser adaptada devido às altas temperaturas. “É importante consumir comidas leves, com maior quantidade de frutas, legumes e grelhados. Frituras, salgadinhos e doces devem ser deixados de lado”, explica.

O pediatra alerta para o fato de que, nessa época de clima quente os alimentos se deterioram com maior facilidade.

Por isso, é importante ter cuidado ao consumir maionese não-industrializada, cremes e comidas de procedência e conservação duvidosa.

INGESTÃO DE LÍQUIDOS – A desidratação é muito comum no verão e se caracteriza pela perda de líquidos e sais minerais. O problema pode ocorrer por vários motivos, sendo alguns deles o suor intenso, o vômito ou a diarréia. Por isso, a ingestão constante de líquidos é essencial.

Também é muito importante que as crianças fiquem em ambientes arejados e sombreados, usando roupas leves.

Huberman explica que o principal sintoma de uma criança desidratada é a sede, mas algumas vezes elas não se queixam disso. Por este motivo os pais devem oferecer constantemente bebidas saudáveis, como água natural ou de coco e sucos de frutas.

Para evitar a desidratação o pediatra dá algumas dicas: * dê líquidos para a criança várias vezes ao dia; * lave as mãos depois de usar o banheiro e antes de preparar os alimentos, evitando assim problemas que podem causar diarréia; * lave bem as frutas, legumes e vegetais, usando sempre água filtrada ou fervida, e tratada com cloro; * mantenha a criança em ambientes ventilados e evite multidões; * as roupas da garotada devem ser sempre frescas e leves, preferencialmente de algodão.

SOL – A exposição das crianças ao sol deve ser cercada de cuidados. Para evitar problemas, o ideal é curtir a praia ou piscina com os pequenos antes das 10h ou após as 16h.

Para evitar queimaduras, o pediatra dá algumas dicas: respeite os horários do sol. Use filtro solar fator 15, no mínimo, e reaplique-o regularmente. Não deixe a criança dormir ao sol. Os bebês não devem tomar sol por mais de 30 minutos (15 de frente e 15 de costas). Aumente o tempo de exposição ao sol lentamente.

Chapéus ou bonés são essenciais, cobrindo o rosto e o pescoço. Proteja seu filho mesmo em dias nublados. O filtro solar só pode ser passado no corpo inteiro da criança depois de um teste, feito com um dia de antecedência, em pequena área da pele para confirmar se há reação alérgica. O médico afirma que a melhor proteção, no entanto, é não exagerar na exposição ao sol.

ACIDENTES – Durante o verão o número de acidentes em piscinas aumenta bastante. Portanto, os responsáveis devem redobrar a vigilância. “O melhor é nunca deixar as crianças sozinhas na piscina e checar se a área possui grades ou cercas de proteção”, recomenda o pediatra.

De acordo com Huberman, os acidentes costumam variar de acordo com a faixa etária da criança. Em torno dos cinco anos, por exemplo, são comuns acidentes com traumatismo, pois as crianças têm muita energia e não medem o risco quando se atiram na piscina. Já com três e quatro anos, o maior risco é o de afogamento.

Acidentes com bicicletas, patinetes ou patins também podem acontecer. Porém, não é preciso que as crianças deixem de praticar as atividades, basta colocá-las em condições seguras para a diversão. A maioria das lesões pode ser prevenida com o uso de equipamentos de proteção.