A construção de um moderno terminal pesqueiro na Ilha do Governador, bairro da zona norte da cidade, foi descartada hoje (30) pelo prefeito Eduardo Paes. A iniciativa é do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e visa a aumentar a qualidade do pescado, além de reduzir o preço do produto ao consumidor final.
Apesar das vantagens que o terminal poderá trazer, incluindo a criação de postos de trabalho, parte dos moradores da região é contra a instalação. As alegações são de que provocará aumento no trânsito de caminhões e que colocará em risco o tráfego aéreo do aeroporto internacional Antônio Carlos Jobim, ao atrair aves que buscam os peixes como alimento.
Eduardo Paes disse que a ideia está “enterrada”. “A legislação ali não permite, então não tem como autorizar. Não depende da gente, depende da lei. Está enterrada a questão. Temos que encontrar uma alternativa, é um tema importante para a cidade, não dá para eles [os pescadores] ficarem na Avenida Brasil, em Irajá. Mas essa alternativa [na Ilha do Governador] está descartada”, afirmou.
Ele descartou a construção do terminal após visitar a Favela do Pavão-Pavãozinho/Cantagalo, na companhia do vice-governador, Luiz Fernando Pezão, e do presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, que veio inspecionar as obras para as Olimpíadas de 2016.
O Ministério da Pesca e Aquicultura informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não recebeu qualquer comunicado oficial com a decisão da prefeitura do Rio de Janeiro em não conceder a licença para a construção do terminal pesqueiro na Ilha do Governador. A assessoria explicou que quando o documento chegar ao ministério, serão analisadas as medidas que poderão ser adotadas para recorrer da decisão.