O São Paulo volta aos treinos nesta segunda-feira festejando a liderança no Campeonato Brasileiro, graças à derrota de Palmeiras e Atlético-MG, mas com muito trabalho a realizar.

Sem atuar desde quinta-feira, o período livre até sábado – quando enfrenta o Vitória, no Morumbi – servirá para o técnico Ricardo Gomes tentar corrigir, mais uma vez, o posicionamento da defesa nas jogadas de bola parada.

O gol do Grêmio, na quarta-feira, saiu em nova falha pelo alto, repetindo o que ocorreu no clássico contra o Santos, em que o time sofreu dois gols em cobranças de escanteios. “Foi um problema de posicionamento, já consertamos alguma coisa, mas acontece”, comentou o técnico, referindo-se ao gol de Rafael Marques.

Na jogada, cinco são-paulinos cercavam o gremista, mas olharam apenas a bola e se esqueceram do zagueiro, que mal pulou para tocar a bola de cabeça. “Foi uma desatenção da nossa defesa. A gente marca por bloco, mas o cara se posicionou bem”, afirmou o zagueiro André Dias.

Mesmo assim, Ricardo Gomes não se conforma. Aproveitará o tempo até o jogo contra o Vitória para corrigir o posicionamento. Agora será possível trabalhar no campo, ao contrário do que aconteceu após o clássico da Vila Belmiro. Naquela oportunidade, o treinador teve dois dias para acertar sua defesa para enfrentar o Inter.

Apesar das falhas, a defesa do São Paulo é a melhor do Campeonato Brasileiro. Em 34 rodadas sofreu 35 gols. Mas a falta de jogadores no setor é um problema.

Miranda está pendurado com dois cartões amarelos e os reservas imediatos estão machucados. Rodrigo se recupera de uma fratura na mão; Zé Luis, de um estiramento muscular, assim como Richarlyson, que às vezes joga improvisado. Ele é o único que tem chances de enfrentar o Vitória. A situação é tão crítica que até Aislan, que nem vinha sendo relacionado, virou opção.