Os integrantes dos blocos Banda Sá Ferreira e Banda Atlântica, que desfilam a partir das 16 horas, em Copacabana, no Rio de Janeiro, serão objeto de uma ampla ação educativa e preventiva com relação aos acidentes de trânsito.

A ação faz parte da Operação Lei Seca, do governo fluminense, e objetiva mostrar os riscos da combinação álcool e trânsito. A ação se repetirá esta noite, no segundo dia de desfiles das escolas de samba do Grupo Especial, no Sambódromo.

“O objetivo é levar uma mensagem de conscientização à população”, disse hoje (7) à Agência Brasil o coordenador-geral da Operação Lei Seca, major Marco Andrade.

“É claro que carnaval é época de alegria, as pessoas brincam, se divertem, e é normal fazer uso da bebida alcoólica. A operação não é contra a alegria, não é contra o uso de bebida alcoólica”, frisou. “A gente apenas quer advertir e orientar o motorista que depois que fizer uso de bebida, depois da alegria, ele não confunda e assuma a direção do veículo, porque ele pode causar um acidente de trânsito com vítimas fatais”, afirmou Andrade.

A Operação Lei Seca foi lançada pelo governo do estado do Rio de Janeiro em 19 de março de 2009 e, desde sua implantação, abordou nas blitzen um total de 422.458 motoristas. Desses, 69.929 foram multados e 29.199 tiveram a carteira de habilitação apreendida.

O projeto tem caráter permanente, explicou Marco Andrade, na medida em que coloca nas ruas todos os dias do ano operações de fiscalização e de educação e conscientização sobre o trânsito mais seguro. “Os agentes atuam de segunda a segunda-feira, na região do Grande Rio”. Durante o carnaval, a operação se estenderá até amanhã (8), englobando 35 operações de fiscalização mais 20 ações de educação.

Segundo o major Andrade, a aceitação do povo à Operação Lei Seca surpreendeu os organizadores. “É com muita alegria que a gente pode relatar que o cidadão fluminense e carioca passou a se acostumar com a Operação Lei Seca. Ele já entende que a operação faz parte da rotina do cidadão. E no período de carnaval, a população está dando uma demonstração muito positiva, muito forte, de adesão à campanha, à ideia”. Andrade enfatizou que o engajamento da população é fundamental para que o projeto continue reduzindo o número de vítimas do trânsito. O projeto evitou mais de cinco mil mortes no trânsito desde 2009.

Todos os 26 cadeirantes que participam do projeto foram vítimas de acidentes de trânsito como agentes causadores ou como vítimas da combinação álcool e direção, disse o coordenador. “Hoje, eles dedicam suas vidas, por meio do trabalho, a levar essa mensagem para as pessoas de que álcool e direção são uma combinação maléfica, que pode trazer sequelas irreversíveis ou, até mesmo, a morte”. Marco Andrade salientou que a população não está imune. “É o tipo de problema que pode acontecer com qualquer um”.