O dia 13 de maio é guardado com carinho por Eunice de Oliveira Santana, moradora de Dracena, que desde menina faz orações a Nossa Senhora de Fátima. A devoção à santa na família é antiga, desde os avós e pais, que passaram para os filhos. “Meu pai dizia que no ano em que ele nasceu começaram as aparições de Fátima e, por isso, tinha muita fé na santa”, comentou Eunice.
Ela mesma, quando criança, coroou Nossa Senhora de Fátima por duas vezes, em 1960 e 1961, em Dracena, cumprindo uma promessa feita pelos pais. A igreja era de tábua e o vigário responsável chamava-se Bonifácio. Eunice também casou na igreja de Fátima e, com o tempo, ganhou mais motivos para continuar devota à santa.
A segunda filha de Eunice nasceu prematura, não tinha completado sete meses, e precisou ficar na incubadora. “Todos olhavam para ela e não acreditavam que sobreviveria. Mas eu tinha fé, olhava para Nossa Senhora com firmeza e depositava minha filha nos braços dela. Olhava o bebê e via minha filha moça”, disse. Era 1975. E a confiança de Eunice nas orações estava certa. Eliane cresceu saudável e, hoje, aos 37 anos, trabalha na pastoral da Liturgia na paróquia de Fátima, fez duas faculdades e é professora concursada em Ouro Verde.
Eunice ainda agradeceu ao doutor Afonso, que acompanhou sua filha durante um ano. Eliane Aparecida Santana também é muito devota de Fátima, segundo a mãe, e reza o rosário todas as noites antes de dormir.
Eunice reza o terço todos os dias, pedindo proteção aos cinco filhos Cláudio, Eliane, Claudemir, Marcos e Vagner, além da paz para o mundo. A imagem de Fátima que Eunice guarda em casa foi presente das irmãs Assunta, Natália e Raquel, que a trouxeram de Portugal. Todo dia 13 de maio, dia de Nossa Senhora de Fátima, Eunice não perde a missa e procura acompanhar a novena sempre que possível.
Outra graça alcançada por ela foi quando tinha 12 anos de idade. Eunice lembra que teve uma infecção na boca e ficou com os dentes amolecidos. “Não gosto nem de lembrar, fiquei oito dias sem beber, comer e dormir. Como morávamos no sítio, o dentista foi até minha casa e disse que era necessário fazer uma cirurgia. Na mesma noite, minha mãe pediu à santa que me curasse e recebi a graça. A infecção melhorou e os dentes começaram a se firmar. Quando o dentista veio para me buscar, informou que não seria mais necessária a cirurgia. Depois disso, nunca mais sofri a mesma dor nos dentes. Foi um milagre”.
Eunice deixa uma mensagem para que as pessoas rezem, “porque com fé e oração é que se vive mais feliz, mesmo com as dificuldades”.