O deputado Edinho Araújo (PMDB-SP) solicitou formalmente na sessão da Câmara Federal de quarta-feira (18), a inclusão da ponte Rodoferroviária sobre o rio Paraná no Plano Nacional de Viação. O objetivo é definir de uma vez por todas a responsabilidade pela conservação da obra de R$ 500 milhões, inaugurada há 13 anos.

“Hoje as responsabilidades estão indefinidas. A conservação não é de responsabilidade do governo de São Paulo, nem do governo do Mato Grosso do Sul e muito menos do governo federal. Incluindo a obra no Plano Nacional de Viação, a responsabilidade pela conservação poderá passará ao DNIT, órgão do Ministério dos Transportes”, defendeu o deputado.

O PNV engloba as malhas rodoviária, ferroviária e hidroviária e pelos aeroportos e estabelece diretrizes gerais para as políticas e os sistemas de transporte, de acordo com a Constituição e com a legislação que hoje rege o setor.

“Hoje, dependemos da boa vontade do governo federal para incluir verbas no orçamento para a conservação da ponte, que nos últimos anos teve sua iluminação depredada, necessitando de apoio do Exército para sua conservação”, explicou Edinho.

O ideal, segundo ele, é que o DNIT, órgão do Ministério dos Transportes, assuma de vez a responsabilidade pela manutenção de rotina e por melhorias na ponte, pois a obra é estratégica para a integração com o Centro-Oeste brasileiro.

HISTÓRICO – Desde o início do século passado, a região Noroeste de São Paulo brigou pela construção de uma obra estratégica: uma ponte sobre o rio Paraná, ligando o Noroeste de São Paulo ao Mato Grosso do Sul.

Esta conquista finalmente tornou-se realidade em maio de 1998, quando a ponte rodoferroviária ligando Rubineia, no lado paulista, a Aparecida do Taboado, no Mato Grosso do Sul, foi aberta ao trafego. O investimento total beirou 500 milhões de reais. A ponte tem 3.770 metros de extensão. Por ela passam diariamente milhares de veículos de passeio e de carga, e as composições da América Latina Logística levando 10% da soja exportada pelo Brasil.

E com a duplicação da rodovia Euclides da Cunha a perspectiva é de um aumento significativo no tráfego pela ponte. A parte rodoviária da ponte leva o nome do saudoso ex-deputado Roberto Rollemberg, falecido em 11 de fevereiro de 1995. A parte ferroviária ganhou o nome do ex-senador Vicente Vuolo, outro batalhador incansável pela ponte.