Os atendimentos da agência ambiental de Andradina da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) passaram a ser realizados em parte pela agência de Dracena e pela agência de Jales desde o final do ano passado. Com a mudança, os pedidos relativos a Andradina, Castilho, Guaraçaí, Lavínia, Mirandópolis e Murutinga do Sul devem ser apresentados na agência de Dracena.

Segundo a gerente da agência da Cetesb de Dracena, Lídia Regina Prota, apesar da unidade passar a atender outros seis municípios, alguns que antes estavam na área de Dracena (Emilianópolis, Caiabu, Ribeirão dos Índios e Santo Expedito) voltaram para a agência de Presidente Prudente.

Ainda assim, Lídia considerou que em razão das transferências, a procura pelos serviços deverá aumentar uma vez que os novos municípios integrados possuem empreendimentos maiores como destilarias (quatro) e frigorífico. Além das várias frentes de trabalho como ar, solo, água, resíduos sólidos e área verde.

De acordo com Lídia, para atender a demanda, a agência já recebeu um funcionário da parte administrativa e um técnico que trabalhava em Andradina. “A expectativa é que pelo menos mais dois ou três técnicos venham para cá”, diz. Atualmente, são 15 funcionários, entre atendentes e parte administrativa.

Nesse período de adequação, as prioridades serão os licenciamentos, aterros sanitários e tratamento do esgoto. A agência de Dracena atende 29 municípios.

SETOR OLEIRO CERÂMICO – O diretor da Incoesp (Cooperativa das Indústrias Cerâmicas do Oeste Paulista), Milton Saizedas, mostra-se preocupado com o futuro da exploração da argila na região. Segundo ele, atualmente a argila é retirada de montes acumulados antes do represamento do rio Paraná, que não precisam de autorização e por meio de mineração. O que ocorre é que além das empresas da região, muitas empresas do Mato Grosso do Sul têm procurado pela argila e se o setor continuar aquecido, as atuais fontes de extração durarão mais um ano.

Ele explica que não haverá falta de matéria-prima, o problema é a falta de aprovação das novas jazidas, cujo trâmite legal para a exploração está em andamento na Cetesb. Só após a autorização é que poderão ser operadas. Atualmente três jazidas aguardam liberação.

De acordo com dados fornecidos por Milton, a região tem 150 empresas atuantes no setor e 99 cooperados, gerando aproximadamente 5 mil empregos diretos e 49 milhões de peças (tijolos) por mês.