Dezoito pessoas foram detidas, entre elas uma adolescente que foi apreendida, e um fotógrafo ficou ferido durante uma manifestação nesta quinta-feira (1º) em São Paulo.

O protesto, que reuniu cerca de 400 pessoas, segundo a Polícia Militar, começou por volta de 17h30 em frente à prefeitura, no centro, prosseguiu pelas avenidas 23 de Maio e Paulista e pela rua Augusta, até terminar em frente ao 78º DP (Jardins), para onde os detidos foram levados.

Onze pessoas foram detidas na avenida Paulista, segundo o major da PM Genival Antônio, por tentativa de danificar patrimônio. Ainda de acordo com o major, essas pessoas foram liberadas nesta madrugada (2).

Outras sete pessoas foram detidas na Alameda Santos, no bairro dos Jardins, após o protesto, suspeitas de depredar uma agência bancária na rua Augusta. Cerca de 50 manifestantes estão na frente da delegacia.

Os manifestantes protestaram contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e também pediram apuração do sumiço do pedreiro Amarildo de Souza, 42, que desapareceu durante uma operação da polícia na favela da Rocinha, na zona sul, no Rio de Janeiro.

O fotógrafo Sérgio Matta ficou ferido durante a prisão de um manifestante. Ele foi atingido por um cassetete de um policial, chegou a sangrar bastante, mas passa bem.

Houve registro de pichações em uma drogaria na altura da rua Bela Vista com a Paulista. Pedras foram atiradas contra o estabelecimento comercial, mas não chegaram a quebrar os vidros do local. Na frente do DP, um carro da PM e uma agência bancária foram pichados. Comerciantes da Paulista e também da rua Augusta fecharam as portas.

Nova tática

Após os dois últimos protestos terminarem com um rastro de agências bancárias depredadas, os PMs decidiram fazer cordões de isolamento na frente dos bancos no caminho do protesto. Dezenas de carros da Força Tática e até da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) acompanharam o protesto. 

As prisões ocorreram após a tentativa de vandalismo contra a drogaria. Ao contrário do ato de terça-feira, a PM não chegou a utilizar bombas de gás lacrimogêneo, nem balas de borracha.

*Colaboraram Janaina Garcia e Gabriela Fujita, em São Paulo