Silva Junior/Folhapress
Corredor de ônibus da estrada M’Boi mirim. a velocidade média dos ônibus nos corredores exclusivo é de 14km/h
O secretário de Transportes da Prefeitura de São Paulo, Jilmar Tatto, afirmou que a meta da prefeitura é a de que o passageiro aguarde apenas dois minutos o ônibus no trajeto do corredor de ônibus, com linhas troncalizadas, que liga um terminal ao outro e também nas faixas exclusivas.
“Quando aumenta a velocidade, não precisa de excesso de linhas nem excesso de ônibus que o ônibus vai passar a cada dois minutos e passa”, disse. Neste ano, a prefeitura instalou 146,4 km de faixas exclusivas –o objetivo é chegar a 220 km. Até o final da gestão, em 2016, a prefeitura promete implantar 150 km de corredores de ônibus –neles a faixa para o embarque fica à esquerda.
“Não estamos inventando a roda. Difícil é difícil, como a vida é difícil. Precisa ter computador de bordo, uma central que avisa o motorista que ele precisa acelerar ou diminuir um pouco mais, se ele estiver adiantado.”
Tatto ainda afirma que dependendo do corredor a espera pode variar entre dois e cinco minutos. “Você precisa tirar o que está atrapalhando o ônibus, às vezes um sinal mal programado. A vantagem do ônibus em relação ao metrô é que consegue um espaçamento entre um ônibus e outro menor do que o metrô”, diz o secretário.
O secretário deu como exemplo o passageiro que pega o ônibus que sai da Lapa com destino a ao terminal Princesa Isabel. “O passageiro vai saber que vai aguardar dois minutos, porque haverá programação da saída dos ônibus do terminal de minuto em minuto.”
Para o consultor em Engenharia de Transporte e palestrante em Segurança de Trânsito, Horácio Augusto Figueira, é viável o passageiro aguardar apenas dois minutos o ônibus no ponto ao quando se a prefeitura dá fluidez ao ônibus. “É possível, não é ficção. O caminho é esse. Aumentar velocidade, a frota e, depois, troncalizar as linhas”, diz Figueira.
O consultor defendeu nesta segunda-feira durante reunião do conselho da prefeitura que tem que dar prioridade total para o transporte coletivo. “Mostrei que um km de filas com 150 carros parados com 200 pessoas a bordo, e dois ônibus biarticulados, um no início do km e outro 500 metros depois cem pessoas sentadas em cada um deles, sem congestionamento, sem estresse, sem nada. A cada km eu teria dois biarticulados levando 100 passageiros em casa trocar por essa fila de carros parados”, afirmou.
“É muito fácil resolver o congestionamento de carros, basta criar fluidez adequada para os ônibus, com conforto adequado, cria fluidez de pessoas não mais de veículos.”