Dois meses de investigação dos policiais da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) resultaram na descoberta de um dos maiores esquemas de furtos e roubos de caminhonetes de Curitiba. O desmanche escondia mais de 200 carros e funcionava de forma parecida com a garagem nos filmes do Batman – com sistema de elevação para esconder os veículos no subterrâneo. Uma pessoa foi presa.
De acordo com o site Banda B, a operação começou no início da noite desta quarta-feira (30) e deslocou equipes da especializada até o Bairro Atuba, no limite entre Colombo e Curitiba. A casa onde funcionava o esquema era na Rua Francisco José de Almeida. Assim que os carros roubados ou furtados entravam na garagem da residência, eram “engolidos” pelo porão da casa por meio de um sistema de elevadores, que depois de recolher o carro ainda preservava o esconderijo com uma tampa. Com o recurso, até a localização de veículos com rastreador ficava mais difícil.
Todo o processo era feito mecanicamente e, em menos de um minuto e meio, o carro desaparecia. O delegado Cassiano Aufiero, que comandou as investigações, disse que o esquema funcionava há cinco anos. “As caminhonetes que encontramos aqui estavam em partes já desmanchadas – portas, motores. Cerca de 90% das caminhonetes que eram roubadas na região podemos fizer que vieram para cá”, disse o delegado.
Claiton Vicente, 33 anos, foi detido e outro suspeito já foi identificado. Vicente contou aos policiais que trabalhava há sete anos na Loja Valdeira, uma autopeças onde parte dos veículos possivelmente eram vendidas. “Encontramos um carro que estava envolvido em um latrocínio há dois meses. Um motorista de uma BMW foi morto por causa do assalto”,
Vizinho surpreso
Mesmo funcionando há anos no mesmo local, um morador que teve medo de se identificar disse que nunca suspeitou dos vizinhos. “Eles entraram e saíam, mas jamais eu pude imaginar. O dono é, nossa, 100%”, disse. Além de todo tipo de peças foi recuperado também um jet ski, uma empilhadeira e uma caminhonete Nissan Frontier, furtada no último dia 11, no bairro Alto da XV, em Curitiba.
A DFRV continua as investigações para “vencer o mal” e conseguir prender outros integrantes da quadrilha e o dono da autopeças, que revendia as peças, apontado como o chefe da quadrilha.