Regiões nobres da cidade de São Paulo tiveram crescimento da quantidade de roubos no mês passado acima da média da capital paulista.
A maior alta nos registros de crimes em 11 delegacias de regiões típicas da classe média paulistana ocorreu na zona sul, na área do 27º DP (Ibirapuera): um salto de 82% -de 108 para 197- em relação a igual período de 2012.
Homicídios caem pelo 8º mês e roubos têm 6º aumento seguido em SP
Jardins, Pinheiros e Morumbi (zona oeste) e Vila Mariana (sul) também estão entre os bairros onde a elevação do número de roubos foi mais que duas vezes superior à média da cidade -de 19,5%.
No Estado, enquanto os crimes de homicídio caíram pelo 8º mês seguido, os roubos subiram pelo 6º mês consecutivo, inclusive na capital.
Na cidade, dos 96 distritos, só 23 tiveram redução em roubos. De 11 delegacias em bairros típicos de classe média e alta, 9 tiveram crescimento nesses crimes. Os dados se referem ao número de casos, e não ao de vítimas.
No 78º DP, que cobre toda a região dos Jardins, houve 47% de aumento. A região da Vila Mariana teve alta de 80%. Já no 14º DP (Pinheiros), ela foi de 77%.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou anteontem que a redução no número de roubos “precisa ter um esforço maior”.
O Estado diz esperar uma queda após a recente aprovação de uma lei pela Assembleia para inibir a venda de peças de veículos roubados.
Na periferia, as maiores altas em roubos foram em Heliópolis (zona sul, 91%) e Teotônio Vilela (leste, 74%).
Já a região do Morumbi teve um aumento de 40% nos roubos registrados no 89º DP (antigo Portal do Morumbi).
Nesta delegacia foi registrada a tentativa de assalto à filha do vice-governador Guilherme Afif Domingos, em abril. Dois homens armados atiraram contra um carro blindado onde ela estava, a 1 km do Palácio dos Bandeirantes.
A alta de crimes no 89º DP coincide com o fim de forte repressão da PM na área em 2012. Na ocasião, os assaltos caíram após a Operação Colina Verde, quando o policiamento foi reforçado. “Onde não tem policial, tem roubo. Simples”, disse Celso Cavallini, do Conseg (conselho de segurança) do Morumbi.
Editoria de Arte/Folhapress | ||