A passarela que desabou na Linha Amarela, nesta terça-feira (28), no Rio de Janeiro, após ser atingida por um caminhão —quatro pessoas morreram no acidente— será cortada ao meio para que guindastes possam retirar a estrutura da via.
Segundo operários que trabalham no local, o corte é necessário para não danificar as máquinas. O táxi atingido em cheio pela queda das ferragens continuava preso sob a passarela no início da tarde. O procedimento deve levar cerca de uma hora.
Acidente aconteceu na manhã desta terça (28)
Uma passarela desabou sobre a Linha Amarela, importante via expressa do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira (28), depois que um caminhão colidiu com a estrutura.
Os quatro mortos são o motorista de um táxi e o motorista de um Palio prata (atingidos pela estrutura) e duas pessoas que estavam passando a pé pela passarela no momento em que a estrutura foi atingida. As vítimas foram identificadas pelos bombeiros como Célia Maria, 64, Adriano P. Oliveira, 26, Renato P. Soares, 62, e Alexandre G. Almeida.
O acidente aconteceu por volta das 9h15, entre os acessos 4 e 5, no bairro de Pilares, na zona norte. Segundo a Lamsa, concessionária que administra a via, um caminhão que tinha mais de 4,5 metros, limite de altura da passarela, bateu na estrutura, causando sua queda.
Dois veículos que passavam pela via foram esmagados, e pessoas ficaram presas às ferragens. Equipes de resgate da concessionária e do Corpo de Bombeiros, com o auxílio de dois helicópteros, foram acionadas para socorrer as vítimas.
Em nota, a concessionária afirmou que “está prestando toda assistência aos familiares das vítimas”.
O veículo prestava serviço para a empresa Arco da Aliança. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que o caminhão não deveria estar circulando pela via, que possui restrição para a circulação de caminhões e carretas.
Além disso, o secretário de Conservação e Serviços Públicos do Rio , Marcus Belchior, afirmou que o caminhão não prestava serviço para a prefeitura. Dessa forma, a empresa não poderia usar o logotipo da administração municipal, conforme relatado por testemunhas.
A passagem de pedestres era usada como via de acesso pelos moradores da favela Rato Molhado e por pessoas que iam ao Norte Shopping, o maior centro comercial na zona norte da capital fluminense.
Feridos
Um quinto ferido, Jairo Z., 44, foi levado para o hospital Geral de Bonsucesso. Ainda não se sabe o estado de saúde dele.
“Coisa de filme”
A igreja evangélica do pastor Olair Oliveira dos Santos fica a menos de um quarteirão da passarela. Ele relata que a comunidade Águias de Ouro viveu momentos de terror com o acidente que causou a morte de quatro pessoas e a destruição da passagem.
“Estava na igreja estudando e ouvi um estrondo enorme. Parecia que o céu havia desabado sobre nossas cabeças. Aí saí da igreja e percebi que a passarela tinha caído”, disse o pastor. “Foi uma cena de horror. Parecia filme.”
Interdição
O trânsito nas oito pistas da via está interrompido nos dois sentidos, sem previsão para liberação. Todos os acessos da Linha Amarela estão fechados, segundo a Lamsa.
De acordo com o Centro de Operações do Rio, os motoristas podem transitar na via, no sentido Barra da Tijuca, até a altura de Bonsucesso, sendo obrigados a acessar a avenida dos Democráticos pela saída 4. No sentido centro, o desvio está sendo feito pela saída 5 com os motoristas acessando à avenida Dom Helder Câmara.
O Centro de Operações sugere que os motoristas usem como opção a avenida Brasil, a estrada Grajaú-Jacarepaguá, a autoestrada Lagoa-Barra e o Alto da Boa Vista.
Ainda de acordo com o Centro de Operações, foi acionado um “superguindaste” para ajudar no trabalho de retirada da passarela.