O secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, declarou que a primeira cota da reserva técnica do Sistema Cantareira, o chamado volume morto, deve se esgotar no dia 21 de novembro, daqui a 56 dias. Em entrevista concedida ontem (25), durante visita às obras do Parque Várzeas do Tietê, na zona leste da capital paulista, Arce disse que a situação vai se confirmar caso não chova.
O nível dos reservatórios do sistema tem registrado quedas consecutivas e chegou hoje (26) a 7,2% da sua capacidade, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Há um ano, o volume armazenado era 41,3%.
Em nota, a secretaria informou que o esgotamento da primeira cota da reserva técnica só aconteceria “no pior dos cenários” e considerou remota a hipótese de não haver chuva nos próximos meses. Caso seja necessário, a Sabesp vai utilizar a segunda parte da reserva técnica, com 106 bilhões de litros de água.
São Paulo enfrenta a maior crise hídrica da história, intensificada pela escassez de chuvas. Desde maio, o sistema utiliza a primeira cota da reserva técnica, que acrescentou 182,5 bilhões de litros de água – equivalente a 18,5%, ao volume total do sistema. O Cantareira fornece água para 9 milhões de pessoas na Grande São Paulo e para as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.