Em quase duas décadas de dedicação ao vôlei, sobram conquistas e boas histórias. Além dos títulos, o torcedor se acostumou a ver a corrida de braços abertos nas comemorações e até a mania de puxar o short. Mas chegou a hora de colocar um ponto final na trajetória. Sem alarde, como se apenas virasse uma página, Nalbert resolveu fechar um currículo repleto de grandes momentos. A menos de duas semanas de completar 36 anos, o capitão sai de cena.
– Até dói o coração dizer isso, mas chegou a hora de parar. O atleta é movido por desafio e metas. Hoje, sinto que não tenho mais metas a perseguir – explicou Nalbert.
Boas recordações não vão faltar para o carioca Nalbert Tavares Bittencourt. Ao longo dos últimos 19 anos, o ponteiro sorriu com medalhas, chorou no alto do pódio e, acima de tudo, venceu. Em todos os níveis. Foi o único jogador campeão mundial em três categorias: infanto-juvenil (1991, aos 17 anos), juvenil (1993, aos 19) e adulto (2002, aos 28). Limitar-se ao papel de coadjuvante não era a dele. Ao contrário, tornou-se um dos maiores nomes da Era Bernardinho, como capitão de uma geração vitoriosa.
– Sou um privilegiado, um abençoado de ter nascido quando o vôlei estava crescendo no país. Pude aproveitar toda a estrutura montada e colher os frutos do trabalho.