As temperaturas baixas do mês de maio anteciparam doenças respiratórias que são comuns durante o inverno. Atualmente, o Instituto da Criança (ICr) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, na capital paulista, registra casos de bronquiolite em 50% dos seus pacientes internados.
A doença, que afeta as pequenas vias respiratórias, é causada por um vírus que se aloja nos objetos e não no ar.
Segundo o pediatra Roberto Tozze, do ICr, as crianças pequenas estão mais suscetíveis, pois têm o hábito de levar brinquedos e demais objetos à boca. “Outro grupo de risco são os bebês prematuros, pelo fato de seu aparelho respiratório não estar totalmente desenvolvido”, explica.
Em 2014, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, 13,3 mil casos de bronquiolite foram registrados na rede pública do estado de São Paulo em crianças de até quatro anos. Deste total, 10,7 mil pacientes eram em bebês com menos de um ano. E cerca de 40% dos casos foram concentrados nos meses de maio, junho e julho.
A bronquiolite, no início, pode ser confundida com um resfriado comum, pois apresenta sintomas como tosse, coriza e febre. No entanto, após três dias, a segunda fase da doença começa a se manifestar causando desconforto respiratório.
“As mães notam que o peito do seu filho chia e que ele está cansado e ofegante. Esses sintomas diferenciam a bronquiolite do resfriado”, diz o especialista.
Após o diagnóstico, os pais devem se preocupar com a hidratação e o repouso da criança. O tratamento é feito por meio de inalação e medicamentos receitados pelo pediatra. Tozze alerta que crianças menores precisam de atenção redobrada, caso o bebê não reaja aos remédios.
“A recuperação pode levar sete dias ou mais e sessões de fisioterapia podem ser indicadas conforme a evolução clínica”, diz.

 

ASSESSORIA DE IMPRENSA / Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP