Paulo Ricardo Gomes, 55 anos, casado, empresário, morreu ontem, 13, por volta das 6h30, após uma explosão na carvoaria, do qual era sócio, no sítio Barão, localizado no antigo bairro Palmeiras, zona rural de Dracena. A explosão teria ocorrido no momento em que Paulo fechava a tampa de aço do forno, onde existem duas caldeiras ao lado de um barracão.
A explosão foi muito forte e destruiu até as chaminés da carvoaria. Mutilou o corpo de Paulo Ricardo que foi retirado do local pela Funerária Vida Prev.
Valdeci Clemente, sócio de Paulo na carvoaria disse ontem à reportagem que tudo indica que estourou a tampa de aço do forno, que tem uma temperatura interior muito alta, e que é embutido com a caldeira na terra.
Segundo ele, uma pessoa encontrava-se perto do local no momento da explosão, mas não viu o que realmente ocorreu. Se já saia fumaça das chaminés, porque no momento estava muito escuro por causa do horário.
Ele ressaltou que a caldeira foi adquirida há cerca de um ano e tudo estava funcionando normalmente dentro das recomendações exigidas pela empresa que vendeu.
Valdeci afirmou que o forno não é caipira, visto que não se permite mais isso e foi cheio com lenha de eucalipto na sexta-feira, para ser acesso ontem, mas não deu tempo. Explicou ainda que o acendimento do forno é feito com uma estopa embebida em óleo diesel e, sendo assim, o fogo passa para a madeira. “Na hora que se tampa o forno e a fumaça sai pela chaminé então é que pode ser fechada a caldeira”, ressaltou Valdeci Clemente.
O sócio de Paulo explica que o forno usado para fabricar carvão funcionava normalmente e sem nenhum problema tanto que a carvoaria já tinha planos de aumentar a capacidade.
Valdeci disse também que a empresa que vendeu a caldeira devidamente licenciada terá que enviar um engenheiro que poderá indicar as causas da explosão.
A Vida Prev informou que o corpo de Paulo Ricardo Gomes seria sepultado ontem mesmo às 16h30, no cemitério de Dracena em caixão lacrado.