O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a pesquisa mensal sobre a taxa de desocupação no País, que atingiu 6,7% em maio, superando os 6,4% do último mês de abril e maio do ano passado, que foi de 4,9%.
Segundo o IBGE, foi a maior taxa de desempregos para um mês de maio desde 2010, quando chegou a 7,5%. “A população desocupada (1,6 milhão de pessoas) em maio deste ano, ficou estável em relação a abril e cresceu 38,5% (mais de 454 mil pessoas), em relação a maio de 2014”, informa o IBGE na divulgação da pesquisa.
A redução nos postos de empregos em maio deste ano pode ser confirmada também, de acordo com a pesquisa na comparação ao número de trabalhadores do setor privado com carteiras assinadas (11,5 milhões) ficou estável no mês e recuou 1,8% (menos de 213 mil pessoas) em relação a maio de 2014.
DRACENA E REGIÃO – Os indicadores do IBGE refletem a situação econômica atual do País. De acordo com a subsede do Sindicato dos Metalúrgicos de Dracena, que abrange os municípios de Flórida Paulista até Panorama, o desemprego no setor aumentou nesse ano, comparado ao ano passado.
São funcionários de oficinas mecânicas, serralherias, fábricas de estruturas metálicas, fundições, entre outras empresas do setor de metalurgia. “Em levantamento atual, o sindicato possuía cerca de 270 trabalhadores vinculados, depois disso, há cerca de dois meses, foram feitas aproximadamente 50 rescisões”, informa a auxiliar jurídica do sindicato, Tamara Yoniko Yamada.
Além das demissões, o sindicato afirma que há obras paradas e empresas fechando, em decorrência da crise financeira acentuada no País, causada pela inflação, alta da energia elétrica, custos nos transportes, entre outros fatores negativos da economia neste ano.
Para o segundo semestre, conforme Yamada, a tendência não é de otimismo. “Não há previsão de mudanças em curto prazo, em contatos que mantemos com o setor de recursos humanos (RH) das empresas, as informações são de que não há prazo para novas contratações, pelo contrário, a maioria pensa em enxugar o quadro de funcionários”, explica.
Na tentativa de inserir os trabalhadores demitidos no mercado, a auxiliar jurídica acrescenta que apresenta os currículos desses funcionários em outras empresas, mas dificilmente há uma vaga e não são convocados pela falta de emprego de forma geral.
“Sem conseguir o emprego formal, a maioria passa a prestar serviços nos chamados “bicos”, para conseguirem alguma renda para suas famílias”, conclui Yamada.
A subsede do Sindicato dos Metalúrgicos em Dracena tem como diretor, André Franzzo.