Caminhoneiros contrários ao governo da presidente Dilma Rousseff iniciaram nesta segunda-feira (9) uma paralisação. No Rio Grande do Sul, desde a madrugada, os motoristas realizam atos e se concentram em postos de combustíveis em rodovias federais e estaduais. Alguns pontos têm bloqueios parciais. Outros tiveram interdições devido a queima de pneus.

Na Serra, os caminhoneiros já ocupam a ERS-122, em Caxias do Sul. Eles estão no km 68 da rodovia, perto de Farroupilha, parando motoristas e veículos de carga. Há congestionamento no trecho.

Na ERSC-287, em Santa Cruz do Sul, um grupo está no acostamento, no km 104. Eles permitem a passagem de veículos leves e caminhões com cargas perecíveis. Os demais são abordados e convidados para aderir à paralisação.

Também já mobilizações no Noroeste do estado. Os caminhoneiros estão em dois pontos da BR-472, em Santa Rosa: no trevo de acesso a Três de Maio e outro em Guia Lopes, localidade do município. Todos os motoristas que passam por esses trechos são convidados a aderir à paralisação. Não há previsão de término.

Já segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), no momento não há ocorrências nas rodovias federais, mas alguns grupos realizaram atos pela madrugada e ao longo do domingo (8).

Em Vacaria, na Serra, cerca de 25 manifestantes concentraram-se às margens da rodovia no km 40 da BR-116. Não houve interdição, mas o ato foi das 17h às 19h de domingo (8) e era um convite ao manifesto desta segunda (9).

Em  Ijuí, no Noroeste, um grupo ateou  fogo em material no km 344 da BR-285. Foi por volta da meia-noite, mas conforme a PRF, não houve bloqueios.

Em Camaquã, no Sul, no km 397 da BR-116, cerca de 100 pessoas  forçaram a parada de  caminhões perto da meia-noite. Também houve relato de queima de pneus no acostamento. Não houve interdição no trecho.

Em Três Cachoeiras, no km 21 da BR-101, no Litoral Norte do estado, houve protesto das 1h30 às 2h30. Foi uma queima de pneus, que provocou interdição parcial da faixa da direita e do acostamento. A pista foi liberada e não há registro de novas interrupções.

O grupo de caminhoneiros que participa dos atos foi convocado pelo Comando Nacional do Transporte. Os manifestantes são autônomos e se declaram independente de sindicatos.

O objetivo é levar a público as condições de trabalho da categoria que, segundo a entidade, só pioraram desde a última grande mobilização realizada no início do ano.

Nos atos, os caminhoneiros se dizem insatisfeitos com a presidente Dilma Rousseff. Eles protestam contra a alta de impostos e a elevação nos preços de produtos, como os combustíveis.

Eles informam que para que consigam ter algum lucro com o transporte é preciso aumentar cerca de 15% o valor do frete, o que encarece outros serviços e produtos. Mesmo assim, eles dizem que muitas vezes não sobra dinheiro para a manutenção dos veículos.