Uma banhista ficou ferida durante um mergulho em Itanhaém, no litoral de São Paulo, ao ser atingida por um peixe bagre enquanto mergulhava, no último sábado (9), na região conhecida como ‘Boca da Barra’. A situação, considerada atípica por biólogos e pelo Corpo de Bombeiros, aconteceu menos de 48 horas após um outro acidente na mesma cidade, quando o peixe fisgou a barriga de uma moça.
Um vídeo feito por um morador da cidade e enviado ao G1 no fim da tarde deste domingo (10) mostra a garota sendo socorrida por dois salva-vidas. Segundo Cristian Fernandes, que registrou o momento, a jovem parecia estar se afogando no local e logo foi levada para a areia, onde foi atendida. “Ela só gritava muito e dizia para tirar o peixe porque estava doendo muito”, contou.
Apesar da vítima pedir a retirada do peixe, o tenente Goes, do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), que atende o litoral paulista, adverte que somente os médicos devem efetuar esse procedimento. “Por segurança da própria vítima, nós recomendamos que não se tire o ferrão. O ferrão do bagre é semelhante a uma serra, uma ponta de flecha. Não dá para saber o que atingiu e se puxar pode causar uma dor ou um estrago maior no corpo”, explica.
Justamente por isso, o tenente afirma que assim como aconteceu com a turista ‘fisgada’ na barriga, a garota também foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade para retirar o ferrão.
Atenção redobrada
Questionado sobre os recentes casos envolvendo os animais e banhistas, o tenente diz que está surpreso e pede atenção. “São casos atípicos porque geralmente sabemos de pessoas que pisam no peixe e ficam feridas, mas em outras partes do corpo realmente é uma surpresa. A recomendação é sempre manter a calma e esperar o resgate e um atendimento médico posterior”, acrescenta.