Mais um ano começa e os problemas com relação à limpeza urbana continuam o mesmo. Em tempos de crise econômica a situação fica ainda mais difícil, porque os recursos municipais estão cada vez mais escassos.
Oferecer os serviços básicos a população, como por exemplo, a coleta de lixo é uma das obrigações essenciais da municipalidade, até mesmo porque os cidadãos pagam impostos para tal, porém a falta de conscientização e respeito ao próximo e ao meio ambiente muitas vezes tornam a vida ainda mais difícil.
O secretário municipal Antenor José de Oliveira Filho, responsável pela Agricultura e Meio Ambiente, aproveita este comecinho de ano para ressaltar mais uma vez, os serviços oferecidos à população assim como os cuidados que cada munícipe deve ter com o lixo que produz, seja na sua casa ou da empresa que é proprietário ou trabalha.
Ele deixa bem claro que a coleta de lixo orgânico e seletiva na cidade está normalizada. Segundo Oliveira, nas comemorações de Natal e ano novo houve um atraso e acúmulo de lixo, devido aos feriados, mas nos dias posteriores tudo foi normalizado.
O secretário pontua que a coleta de lixo é dividida por setores na cidade, assim como a seletiva, não havendo o risco de nenhum morador ficar sem ter o lixo recolhido. Na área central, o recolhimento ocorre diariamente compreendendo das ruas Santos Dumont a Ipiranga e da Magid Zacarias até a linha férrea. “Não há motivo para moradores não colaborarem com o serviço, descartarem lixo em terrenos baldios, estradas ou outros lugares. Pedimos a colaboração de todos principalmente visando evitar a proliferação da dengue”.
Oliveira cita que na manhã de ontem, 11, quando chegou para dar expediente na sede da Secretaria de Agricultura, instalada no recinto da Fapidra, se deparou com um saco repleto de lixo da área da saúde. “É uma pena que ocorra acontecimentos como este, porque os resíduos se classificam conforme o risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente, podendo ser perigosos ou não. Por isso cada tipo de lixo precisa de um tratamento específico e uma disposição final adequada, em um aterro sanitário licenciado, para que não contamine as pessoas e nem o meio ambiente”. O lixo jogado na secretaria seria descartado de maneira adequada, conforme Oliveira.
Outro ponto que o secretário aproveita para ressaltar é com relação às lixeiras públicas instaladas em vários pontos da cidade. “Estas não são para serem utilizadas para colocar lixo doméstico ou de estabelecimentos comerciais. Servem aos transeuntes para não jogar o lixo no meio da rua”.
Ainda sobre a limpeza urbana, Oliveira ressalta que nos últimos 15 anos foram lançados no município, pelo menos 33 novos loteamentos, e para o futuro já há registrados por volta de uns 12 para serem lançados. “Isso tudo significa um avanço ao município, porém também gastos, entre eles, com a limpeza pública destes ambientes”. Prossegue: “Com isso, é muito importante à conscientização de cada morador com o lixo que produz, não descartar o seu (lixo) em áreas públicas, como praças, ou terrenos”.
O secretário frisa que atualmente existe uma defasagem de 37 funcionários municipais, apenas para atuar na secretaria da qual é responsável. “Não temos condições de contratar, porque a situação econômica não nos permite”.
Oliveira conclui criticando que a administração municipal, apenas com o Fundo de Aposentadorias e Pensões do Município (Fapem), tem um gasto mensal de cerca de R$ 400 mil, são aproximadamente 200 ex-servidores municipais. Ele recorda que o Fapem foi criado pelo ex-prefeito José Cláudio Grando. “Lamento a criação desse fundo, devido ao extremo gasto que a municipalidade precisa carregar, porém reconheço todo o esforço dos aposentados que dedicaram suas vidas ao serviço, mas atualmente não há condições nem mesmo de contratarmos mais funcionários, porque os recursos são baixos, trabalhamos com o mesmo número de funcionários desde a década de 90”, expõe o secretário Oliveira.