Um ex-funcionário demitido da Volkswagen entrou com um processo nos Estados Unidos afirmando que a fabricante alemã destruiu documentos e atrapalhou a investigação sobre a fraude de emissão de poluentes de carros a diesel, de acordo com agências internacionais.
Daniel Donovan trabalhou na área de Tecnologia da Informação da Volkswagen de 2008 a 2015, quando foi demitido por supostamente se recusar a ajudar na eliminação de documentos. Donovan alega que perdeu o emprego porque poderia denunciar a “queima de arquivo”.
Uma porta-voz da Volkswagen afirmou que a dispensa de Donovan “não teve relação com a questão de emissões do diesel”. A empresa acredita que o processo não tem nenhum mérito.
A Volkswagen admitiu ter programado mais de11 milhões de carros a diesel no mundo inteiro a emitir menos poluentes durante inspeções ambientais. No uso cotidiano, estes veículos são suspeitos de poluir 40 vezes mais do que o permitido nos EUA.
No Brasil, apenas a picape Amarok foi afetada e deve passar por um recall neste ano.
Mais processos
Quase 300 investidores institucionais da Volkswagen entraram com um processo na Alemanha pedindo ressarcimento de US$ 3,61 bilhões, por causa do escândalo de fraude nas emissões.
O grupo alega que a empresa foi negligente com o mercado de capitais ao esconder o problema de 2008 a 2015. A Volkswagen não comentou o caso ainda porque não teve acesso ao documento.
O grupo alemão já enfrenta processos que somam mais de US$ 20 bilhões por violação das leis ambientais, além de diversas ações de investidores e proprietários no mundo inteiro.