Levantamento do Ministério de Minas e Energia, aponta que Dracena possui na zona urbana, seis áreas consideradas de riscos, principalmente relacionadas a erosões. Um dos pontos mais conhecidos e de maior extensão, está situado no bairro Metrópole, ao lado do recinto da Fapidra.
Segundo o secretário da Agricultura e Meio Ambiente e coordenador municipal da Defesa Civil, Antenor José de Oliveira Filho, o levantamento foi realizado em 2014, por meio do departamento do Serviço Geológico do Brasil, órgão do Ministério de Minas e Energia, a pedido da Prefeitura.
“O estudo é a delimitação das áreas de risco e alto risco de enchentes e inundações e deslocamentos de massas (como a terra). Em Dracena, os ricos são a erosão e solapamentos (erosões às margens de nascentes e mananciais)”, informa Antenor.
No caso dos solapamentos, o coordenador da Defesa explica que o correto é as galerias pluviais serem estendidas até os mananciais para as enxurradas se escoarem naturalmente. O que não ocorre quando as galerias terminam antes do manancial e acaba descendo pelo solo, carregando terra, lixo e entulhos para as nascentes.
PONTOS CRÍTICOS – Os locais críticos de riscos em Dracena, conforme levantamento do Ministério de Minas e Energia, estão situados no bairro Metrópole (ao lado da Fapidra), na marginal José Dansieri, ao lado da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), onde as chuvas recentes estouraram a galeria pluvial e o local permanece interditado. Ambas estão no curso do córrego Água Sumida.
O terceiro ponto se localiza no Jardim Eden (córrego das Marrecas), no final de uma galeria, o quarto ponto de risco de erosão fica no bairro Palmeiras IV, na esquina da alameda Inglaterra, com rua dos Mangueirais, o quinto é no Jardim Bela Vista e o sexto, no bairro Jussara, a partir da rua Ipiranga.
“Esses pontos de riscos não estão próximos a residências e permanecem sob controle”, esclarece o coordenador da Defesa. Antenor explica ainda que a maioria dos solapamentos (erosões nos cursos de água) ocorre por lixo e entulhos descartados de forma irregular.
SOLUÇÕES – Para resolver os problemas nestes pontos de erosões acentuadas, os custos não são baratos, conforme informa o coordenador da Defesa Civil.
“Nestes locais onde há nascentes, não podem ser instaladas tubulações, é necessário fazer canalização (a céu aberto), nas proximidades da Fapidra, por exemplo, é preciso uma canalização com aproximadamente dois quilômetros de extensão, ultrapassando a SP-294 , projeto que deve custar R$ 20 milhões, recursos que a Prefeitura não possui e dependerá de repasses de recursos públicos federal ou estadual”, explica Antenor.
No caso da marginal José Dansieri, o coordenador informa que no local, o correto é construir uma ponte de concreto e a Prefeitura está buscando apoio do Governo Estadual para obter o recurso.