A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) vai implantar um programa de demissão voluntária (PDV) para reduzir os gastos da folha salarial. Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, a medida já foi aprovado por todos os órgãos competentes e agora será encaminhada à Procuradoria Geral do Estado (PGE) para consulta final.
Os detalhes do PDV não foram divulgados, mas a Secretaria garantiu que não haverá prejuízo aos usuários do metrô porque, a cada adesão ao plano, haverá substituição simultânea do servidor na prestação de serviços. Segundo a assessoria de imprensa do metrô, o objetivo é reduzir custos.
O presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino de Melo Prazeres, disse hoje (13) à Agência Brasil que ainda não recebeu informações sobre o PDV, mas ressaltou que vê a medida com ceticismo e teme perda da qualidade desse meio de transporte.
“As contratações têm ocorrido a conta-gotas, não têm sido feitas substituições dos afastamentos por morte, nem por outros tipos de desligamento e, desde 2015, estão interrompidas as chamadas de concursados”, afirmou Prazeres. Para o sindicalista, o PDV indica que há interesse em privatizar os serviços.
De acordo com Prazeres, atualmente, trabalham no metrô entre 9,4 mil e 9,5 mil servidores.
A Agência Brasil entrou em contato com a Secretaria dos Transportes Metropolitanos para repercutir as declarações do presidente do Sindicato dos Metroviários sobre a redução do quadro de funcionários, a sinalização de interesse em privatizar os serviços e a interrupção das chamadas de concursados, mas, até a publicação desta reportagem, não teve resposta.