A Confederação Brasileira de Futebol oficializou, nesta sexta-feira, seu 11º patrocinador oficial. Ao confirmar o acordo com a Nestlé, que inclui a seleção brasileira e a Copa de 2014, a entidade agradeceu o trabalho realizado por Dunga, que se gaba de ter reavivado o carisma do time verde-amarelo em sua gestão.
“Acho importante esse processo que vem desde 2006. A seleção passou a ter mais importância dentro da população. Teve a volta desse carisma. Inegavelmente o Dunga valorizou a seleção”, disse Ricardo Teixeira, presidente da CBF, durante a coletiva.
A lista de patrocinadores da seleção tem Nike, Itaú, Vivo, Ambev, Tam, Traffic, Procter & Gamble, Pão de Açúcar, Volkswagen e Seara, além da própria Nestlé. Destas, apenas as três primeiras já tinham contrato antes da chegada de Dunga.
Quando assumiu, o treinador ganhou a missão de reestabelecer a ligação da seleção com a população, após a fracassada campanha do Mundial da Alemanha. Dunga advoga que o questionamento sobre suas escolhas é um sinal de que a equipe nacional voltou a ser importante.
“O maior ganho do meu trabalho é paixão, vontade de querer vestir a camisa. O torcedor voltou a acreditar, estar perto da seleção. Se todo mundo quer voltar a vestir a camisa é importante”, disse o treinador, na última terça-feira, após anunciar a lista final dos atletas que vão à Copa do Mundo.
Financeiramente, os dividendos são ainda mais claros. O lucro anual da CBF subiu de R$ 10,7 milhões, em 2007, para R$ 72,3 milhões em 2009. A Nestlé, por exemplo, admite ter investido um valor considerável no novo contrato.
“É um investimento importante, principalmente se você levar em conta que seremos parceiros até 2014. Ao todo, nós investimos de R$ 350 milhões a R$ 400 milhões em marketing, e posso dizer que a maior parcela desse bolo vai para este contrato”, disse Ivan Zurita, presidente da Nestlé, sobre a parceria com a CBF.
Dunga, não é, no entanto, a principal razão para os novos aportes. Muitos dos contratos recém-assinados foram firmados por conta da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. A proximidade transformou, por exemplo, Itaú, Ambev e Oi, empresas nacionais, em patrocinadoras oficias da Fifa para a competição.