A greve dos bancários completa hoje 27, 21 dias, sem acordo entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e a categoria que reivindica vários itens, entre eles, o reajuste salarial de 14,78%.
A paralisação, que segundo o Sindicato dos Bancários de Tupã e Dracena, atinge 100% das 25 agências da região, entre Junqueirópolis a Panorama, traz reflexos para a população.
Segundo representante de um supermercado da cidade, a greve prejudica principalmente o consumidor que recebe, por exemplo, um pagamento em cheque.
Sem ter como descontar nas agências, geralmente ele vai procurar uma loja de comércio da cidade, na maioria das vezes um supermercado, onde possa fazer a utilizar o cheque de terceiro para pagamento de sua compra.
Conforme o empresário exige que o comerciante realize pesquisas sobre a procedência do cheques. Também há relatos de aposentados que impossibilitados de receber nas agências, têm dificuldades para fazer os saques dos benefícios em caixas eletrônicos.
Outro ponto que também prejudica tanto empresas como consumidor, é o valor máximo de pagamento de contas e depósito nos correspondentes bancários, que é de R$ 700, o que impede o cumprimento das obrigações da pessoa física como a jurídica.
A exceção é quando a transação financeira é feita no correspondente do mesmo banco que o cliente tem conta em que o limite para saque, depósito e demais serviços prestados pelas agências é maior.
É o caso dos Correios, onde funciona do Banco do Brasil e que em Dracena, a procura pelos serviços aumentou em até 40% nos últimos dias. As empresas também são prejudicadas nos recolhimentos de taxas, tributos, recebimentos e demais pagamentos das obrigações.
SINDICATO – Para o Sindicato dos Bancários, a greve não afeta muito população. “Por causa dos atendimentos nos correspondentes que funcionam em casas lotéricas, correios e empresas particulares”, informa o diretor da subsede, Walter Trevisan.
“Tem ainda o auto-atendimento das agências, onde pode ser feita desde a retirada de talão de cheque, depósitos em dinheiro, em cheque, até retirada de extratos e consultas”, informa.
Conforme o diretor, a maioria das transações nas compras do comércio é feita pelo cartão de débito e crédito e o cheque é pouco utilizado. Até ontem 26, segundo o Sindicato, não havia acordo nas reivindicações da categoria.