O habeas corpus concedido ao goleiro Bruno Fernandes está tecnicamente anulado. De acordo com a assessoria do STF (Supremo Tribunal Federal), o precesso que está sendo analisado na tarde desta terça-feira (25), no Supremo, já tem a maioria dos votos dos ministros presentes a favor da revogação do documento. Com a decisão dos magistrados o jogador volta à prisão.
Bruno foi solto no dia 24 de fevereiro graças a um habeas corpus concedido pelo ministro do STF Marco Aurélio Mello. Mello estava como substituto eventual no caso até a substituição do relator originário, o ex-ministro Teori Zavascki, morto em janeiro deste ano. Na última semana, ministro Alexandre de Moraes assumiu a relatoria do processo em definitivo.
Na última quarta-feira (19), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou um parecer favorável à revogação da liminar. Um dos argumentos utilizados pelos advogados de Fernandes para conceguir a soltura do jogador foi alegar demora na análise de um recurso apresentado em 2013. Porém, para Janot, a defesa do jogador contribui para a demora do julgamento, já que os advogados fazem diversas intervenções nos autos do processo e atrasam os trâmites legais. Ainda segundo a procuradoria, Fernandes não cumpre prisão preventiva, como citado pelo ministro Marco Aurélio Mello, que concedeu o habeas corpus à Fernandes. Segundo o parecer de Janot, Fernandes estava, a pedido da própria defesa, cumprindo a pena provisoriamente.
Graças ao habeas corpus concedido por Mello, Fernandes deixou a Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) de Santa Luzia, na Grande BH, no dia 24 de fevereiro. Ele foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, em 2013, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado, no caso Eliza Samudio.Após deixar a cadeia, o jogador foi contratado pelo Boa Esporte, de Varginha, no sul de Minas Gerais.