Depois de mais de 11 horas de jogo, ao longo de três dias, o americano John Isner e o francês Nicolas Mahut encerraram nesta quinta-feira, no tradicional torneio de Wimbledon, em Londres, a mais longa partida da história do tênis.
A vitória de Isner aconteceu no quinto set com o incrível placar de 70 a 68. Normalmente, o set termina quando um dos jogadores faz seis games. No caso de empate em 6 a 6, é disputado o chamado tie-break, no qual vence quem fizer 7 pontos primeiro ou, a partir daí, dois pontos a mais que o adversário.
Mas, segundo as regras do torneio, o quinto set, de desempate, não prevê o tie-break e por isso deve ser jogado até que um dos jogadores consiga abrir dois games de diferença sobre o outro.
A maratona de tênis derrubou vários recordes anteriores, entre eles o de partida mais longa, de set mais longo, de quantidade de aces (saques em que o adversário não defende a bola) e quantidade de games em uma só partida.
O jogo durou 11h05 e se tornou uma inesperada grande atração em um torneio repleto de estrelas.
Guerreiros
“O que mais pode ser dito? O cara é um guerreiro de verdade. É muito ruim que alguém tenha que perder”, afirmou Isner.
O americano, que ocupa a 23ª posição no ranking de tenistas profissionais (ATP), disse considerar a partida “uma honra absoluta” e que está torcendo para voltar a encontrar Mahut no futuro. “E não será 70 a 68.”
Ao fim do jogo, o perdedor da partida histórica aparentava um enorme cansaço físico e emocional, mas afirmou estar “realmente agradecido”.
Mahut classificou o jogo de a “maior partida de todos os tempos no maior lugar para o tênis” e deu todo o crédito a Isner.
“John mereceu vencer. O saque dele esteve incrível, é um campeão.”
O recorde anterior era de 33 games para cada jogador, no duelo de 1969 entre os americanos Pancho Gonzales e Charlie Pasarell, que terminou no quinto set com “apenas” 11 a 9 em Wimbledon.
Já em número de aces, o recorde anterior do croata Ivo Karlovic, com 78 aces, foi demolido tanto por Isner (112) quanto por Mahut (103).