O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (RN), encabeça uma comitiva de lideranças partidárias que será recebida hoje no fim da tarde pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski. Em pauta, a polêmica decisão do tribunal que proibiu a exibição de imagens de candidatos nos programas dos partidos que tenham alianças diferentes nos planos estaduais e nacional.

No Rio Grande do Norte, por exemplo, Estado de origem de Alves, o PMDB coligou-se com o PT, da candidata a presidente Dilma Rousseff, e com o PV, da presidenciável Marina Silva. A aliança do PMDB com os dois partidos que lançaram candidatas à Presidência da República – PT e PV – proíbe as duas candidatas de aparecer no horário eleitoral da coligação. No caso, Alves não poderá aparecer na propaganda eleitoral ao lado de Dilma nem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – cabo eleitoral mais cobiçado dessas eleições.

O mesmo impasse ocorre em outros Estados e atinge partidos da base aliada e da oposição. No Rio de Janeiro, a coligação que lançou o deputado Fernando Gabeira (PV) candidato ao governo fluminense abrange, também, o PSDB de José Serra. Assim, nem o tucano nem a candidata verde podem aparecer no horário eleitoral pedindo votos para Gabeira.

Por causa desse imbróglio, Lewandowski adiou a conclusão do julgamento, realizado na terça-feira, 29, para a primeira semana de agosto. Na audiência com o presidente do TSE, os líderes partidários farão um apelo para que os ministros revejam a decisão.

Desistência

A desistência do PSL de registrar a candidatura de Américo de Souza à Presidência da República resolveu parte dos problemas. A sigla coligou-se com o PT em diversos Estados. Na Bahia, segue aliada com o candidato à reeleição, o governador Jaques Wagner (PT). Se Américo de Souza fosse candidato, Dilma não poderia aparecer no programa pedindo votos para a reeleição do petista.