Enfrentando a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que passa dos 70% segundo as pesquisas de opinião, os partidos de oposição desidrataram nos oito últimos anos. Eles nutrem a expectativa de não perder mais deputados e, se possível, melhorar o desempenho. “Nossa perspectiva mínima é manter o número de eleitos. Depois das eleições (de 2006), houve mudanças e o pessoal foi para partidos do governo. Saíram vários”, afirmou o líder do PPS na Câmara, Fernando Coruja (SC). O PPS elegeu 22 deputados, em 2006, mas na posse, em fevereiro de 2007, tinha apenas 17. Agora são 15.
No PSDB, a esperança maior está no eventual crescimento do candidato à Presidência da República, José Serra (PSDB). “Se Serra der uma disparada, as candidaturas aos governos disparam e melhora o quadro para os deputados”, avalia o líder tucano na Câmara, João Almeida (BA). “Acho que teremos algum crescimento, mas não creio que seja grande.”
Com uma bancada de 56 deputados, o líder do DEM, deputado Paulo Bornhausen (SC), espera que a bancada aumente para 60. “Os partidos de oposição crescem em processo eleitoral. Vamos com as nossas bandeiras de diminuição de impostos e volta da ética na política. Derrotamos a CPMF e aprovamos o projeto da Lei da Ficha Limpa.”