Mais da metade do eleitorado brasileiro (53,56%) são pessoas com nenhum ou poucos nível escolar: 33,09% têm primeiro grau incompleto, 14,57% apenas leem e escrevem e 5,9% são analfabetos.

Os dados do eleitorado divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que a Região Nordeste tem o maior número de eleitores analfabetos,11,05%. Os que apenas leem e escrevem – chamados de analfabetos funcionais – são 24,19% dos eleitores. Em segundo lugar, está a Região Norte, com 8% de analfabetos e 18,29% de pessoas que leem e escrevem. A Região Sul é a que apresenta o menor índice de analfabetos e analfabetos funcionais, mas tem o maior número de pessoas com o ensino fundamental incompleto, 36,36%.

As pessoas com ensino superior completo são minoria no eleitorado brasileiro. O Sudeste é a região em que essa parcela da população aparece em maior número, 4,9%, seguida do Centro-Oeste, com 4,39%. Entre os eleitores que ainda não concluíram o ensino superior, a maioria está na Região Sul, 3,82%. Em segundo lugar, vem a Região Centro-Oeste, 3,38%.

Os números, no entanto, são inversos quando se analisa o nível de escolaridade dos 200 mil eleitores que votam no exterior, 31,16% têm nível superior completo e 13,88% ainda estão cursando faculdade ou universidade. Apenas 0,12% se registrou como analfabeto, 1,86% como analfabetos funcionais e 7,75% têm primeiro grau incompleto.

A Constituição brasileira determina o voto facultativo para os analfabetos – pessoas que não sabem ler nem escrever. Entretanto, elas são inelegíveis, não podem ser candidatos a cargos eletivos.

Os dados do TSE, no entanto, por não serem atualizados, não refletem a situação de hoje do grau de instrução do eleitor, que pode ter mudado depois dele estar de posse do título.