O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse hoje (16) que não vai “execrar” nem “massacrar” o ex-chefe de Polícia Civil Allan Turnowski. Segundo reportagem publicada hoje (16) no jornal O Globo, a Polícia Federal (PF) indiciará Turnowski pela suspeita de vazamento de informações sobre a Operação Guilhotina, da PF, para um inspetor investigado.
“Eu soube disso apenas pelos jornais. Não posso falar sobre algo em que não tenho informações oficiais ainda. Vamos aguardar para ver. Não vamos fazer juízo de valor sobre uma pessoa. Deixa a pessoa se defender. Ontem ele era um servidor público, chefe da Polícia Civil, hoje querem massacrar essa pessoa? O que é isso? Não se trata ninguém assim. Não vamos execrar ninguém sem ter dados objetivos, sem ter dados confirmados”, disse Cabral.
A Operação Guilhotina, desencadeada na semana passada pela Polícia Federal, prendeu vários policiais civis e militares acusados de envolvimento com o tráfico de drogas e de armas, milícias e jogos ilegais. Um dos presos foi o delegado Carlos Oliveira, ex-subchefe operacional da Polícia Civil na gestão de Allan Turnowski.
Ontem (15), Turnowski foi exonerado do cargo de chefe da Polícia Civil e substituído pela delegada Martha Rocha.
Em entrevista à imprensa, Cabral disse confiar na gestão do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, e afirmou que o secretário tem tomado todas as medidas cabíveis, no que se refere às denúncias dentro da Polícia Civil.
Cabral, no entanto, se isentou de responsabilidade sobre os últimos acontecimentos e sobre a política de segurança do estado, dizendo que apenas “ratifica” as decisões de Beltrame. “No Rio de Janeiro, política de segurança tem comando: chama-se José Mariano Beltrame. O governador ratifica a política. Eu avalizo a política de segurança pública do secretário Beltrame. Ponto. Todas as consequências devem ser tratadas pela autoridade da segurança pública”, disse.