Autores de projetos desenvolvidos na área de sustentabilidade e infraestrutura de cidades receberam hoje (6) o Prêmio Jovem Cientista. A cerimônia de premiação foi no Palácio do Planalto com a presença da presidenta Dilma Rousseff, que destacou a pretensão do governo de criar no país um ambiente “extremamente” favorável ao desenvolvimento da ciência.
“Se não tivermos a produção científica em nosso solo, não realizaremos todo o potencial desse país. Aqui podemos criar, fazer ciência, criar tecnologia e inovar. Podemos agregar valor e melhorar a vida de cada um dos brasileiros e do mundo.”
A 25ª edição do prêmio teve o tema Cidades Sustentáveis, com 2.321 trabalhos inscritos. Os prêmios variaram de R$ 30 a R$ 10 mil, para quem ficou em primeiro, segundo e terceiro lugar nas categorias graduado e estudantes de ensino superior. Além disso, os estudantes de ensino médio ganharam um computador e uma impressora. As escolas dos alunos do ensino médio e orientadores dos trabalhos também recebem prêmios.
Vencedora da categoria graduado, Uende Gomes, 29 anos, da Universidade Federal de Minas Gerais, pesquisou três áreas de vilas e favelas de Minas Gerais que detêm deficiências em saneamento básico. Ela identificou problemas que devem ser solucionados para garantir a ampliação dos serviços nessas regiões. “O que me motivou a fazer essa pesquisa foi já ter convivido com falta de saneamento básico”, contou durante a cerimônia de premiação.
No estudo, ela constatou que a exclusão social contribui para dificultar o acesso ao saneamento. Entre os fatores apontados está, por exemplo, o elevado custo da tarifa cobrada pelo serviço, o que leva os usuários a buscarem fontes de água inseguras e disposição inadequada do esgoto.
Uma escola de ensino médio do Rio Grande do Sul e a Universidade Federal de Minas Gerais também foram premiadas por terem o maior número de trabalhos com mérito científico inscritos. Ainda foram oferecidas bolsas de estudos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para os premiados que atendam aos critérios estabelecidos pela instituição.
A intenção do prêmio é incentivar a aplicação do conhecimento tecnológico e científico na solução de problemas emergenciais do país. Desde 1981, quando foi criado, o prêmio contabilizou 17 mil projetos inscritos.