O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que o presidente da Síria, Bashar Assad, deve deixar o poder. A declaração foi feita pelo americano na Casa Branca, onde ele recebe neste momento o premiê da Turquia Recep Tayyip Erdogan.

“Assad precisa sair. Vamos continuar pressionando o regime e trabalhando com a oposição do país para permitir uma Síria democrática sem Assad”, disse Obama. Segundo ele, somente “livre da tirania de Assad” a Síria pode voltar a ser uma “fonte de estabilidade, e não de extremismo”. 

Sobre como seria uma saída de Assad do poder, Obama não foi específico, falando em trabalhar com a oposição para estabelecer uma transição pacífica. Obama afirmou, porém, que os EUA não decidirão unilateralmente sobre o que fazer no país. “Não há uma fórmula mágica. É preciso achar uma solução de paz à Síria e que estabilize a região, mas não é algo que os EUA farão sozinhos.”

O presidente americano mencionou ainda indícios de que o regime sírio tem usado armas químicas na guerra civil que assola o país, e disse que isso “é algo que o mundo civilizado reconhece que deve ser passar dos limites”;

Ao responder a perguntas de jornalistas, Obama disse que “nós preferiríamos que Assad tivesse saído há dois anos”. “Ele perdeu a legitimidade quando começou a matar seu próprio povo, que protestava pacificamente.”

Pressão de vizinhos

Mais cedo, Obama e Erdogan tiveram uma reunião privada centrada na crise síria, entre outros temas. A Turquia, que acolhe em seu território mais de 300 mil refugiados sírios, há tempos reivindica um envolvimento mais ativo dos EUA para resolver o conflito na Síria, sobretudo por causa do atentado do sábado (11) que causou 51 mortos na cidade turca de Reyhanli.

Outros países da região, como Israel, também cobraram envolvimento dos EUA no conflito sírio.

Na última segunda-feira (13), Erdogan assegurou que em seu encontro com Obama “apresentará solicitações” ao governo americano, mas não detalhou quais serão as exigências.

A visita de Erdogan a Washington “ressalta a estreita amizade entre Estados Unidos e Turquia, além da importância estratégica de ampliar e fortalecer essa relação”, indicou a Casa Branca.

Erdogan estará em Washington acompanhado de sua esposa, Emine, que será recebida pela primeira-dama americana, Michelle Obama.