O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, que tomou posse hoje (31), disse que o governo passa por um momento de “turbulência e ajuste”, e salientou que o diálogo com a imprensa e a sociedade será ampliado.
Presidenta Dilma dá posse e boas-vindas ao novo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, sob as vistas do ex-presidente José Sarney
“Este é um momento de turbulência e de ajustes, mas este governo tem credibilidade e pode dizer ao povo brasileiro o que vai ser feito no futuro”, disse. “Precisamos estabelecer diálogo franco com a sociedade, mostrando que um governo que já fez, tem todas as condições de conduzir o país neste momento e de continuar fazendo”, disse em entrevista após tomar posse.
Segundo Silva, em sua gestão não haverá “tema proibido, conflito que não possa ser explicado, nem contradição que não possa ser esclarecida”. O novo ministro substitui Thomas Traumann, que deixou o governo na última semana.
Silva defendeu a integração da política de comunicação de governo e disse que vai se basear em critérios técnicos para definir as ações da pasta, entre elas a distribuição da verba de publicidade governamental. “Serei um gestor zeloso para que a gente possa garantir boa utilização de recursos, otimizar a execução orçamentária e fazer com que os recursos possam chegar ao maior número de veículos, respeitando a diversidade etária, as diversidades regionais, para que a maior parcela possível possa ter acesso aos feitos do governo e às campanhas informativas”, adiantou.
Sociólogo e professor, Silva já foi prefeito de Araraquara por duas vezes, presidente do PT em São Paulo e deputado estadual pelo partido. Em 2014, foi tesoureiro da campanha à reeleição da presidenta Dilma Rousseff.
Apesar de não ser jornalista, como os últimos ministros que comandaram a Secom, Silva diz que tem consciência do papel da comunicação governamental, principalmente para prestação de contas à sociedade. “Não a prestação de contas como uma convenção, mas como um dever com o contribuinte, com aqueles que pagam seus impostos e querem saber, cotidianamente, o que é feito com os recursos públicos. A comunicação se dá no cotidiano”, avaliou.
O novo ministro participou hoje de parte da reunião de coordenação política, comandada pela presidenta Dilma, e pretende se reunir, nos próximos dias, com os responsáveis pela comunicação dos ministérios para melhorar a coordenação entre as ações. “Não existe política pública de ministério, existe política pública de governo, e essa comunicação tem que estar integrada e organizada para ser eficiente”.