Ao participar da cerimônia de inauguração de uma fábrica de carros, hoje (28), em Goiana (PE), a presidenta Dilma Rousseff disse que o ajustes fiscais são conjunturais e necessários. Acrescentou que o governo está determinado a implementá-los para alcançar a expansão do mercado e da infraestrutura.
“Os ajustes são conjunturais: eles são necessários, estamos determinados a implementá-los e, com eles, a implementar as condições para garantir a expansão não só da nossa infraestrutura, mas também do mercado e da indústria automobilística neste momento seguinte”, disse, durante discurso na inauguração do polo automotivo da Jeep, empreendimento da multinacional Fiat Chrysler Automobiles.
Dilma disse ainda que o governo não ignora a desaceleração enfrentada pelo Brasil e trabalha com empenho para garantir o crescimento da demanda e da produção. “Não ignoramos as dificuldades e desaceleração que o Brasil passa nesse momento mas, dentro da certeza do compromisso e do empenho do meu governo em trabalhar para aprimorar as bases para garantir o crescimento da demanda, da produção e do desenvolvimento social e regional do país”.
No discurso, Dilma disse trabalhar para criar ambiente de negócios mais favorável à indústria brasileira. “Falo de todas as empresas que escolheram e escolhem o Brasil como sede de seus produtos, de desenvolvimento de sua produção e também do desenvolvimento de suas tecnologias. Todas as empresas são muito bem-vindas”.
Ao falar sobre a Refinaria Abreu e Lima, a presidenta citou a Petrobras e reforçou a ideia de que a empresa virou uma página em relação à Operação Lava Jato, da Polícia Federal. No último dia 24, Dilma havia dito que a divulgação do balanço de 2014, da Petrobras, marca uma nova fase da empresa.
A fábrica para produção do Jeep inaugurada hoje tem como estratégia a produção de veículos para o mercado brasileiro e para exportação, partindo dessa base no Nordeste. O carro fabricado em Goiana sai da linha de produção com um índice de nacionalização de mais de 70%. O objetivo é chegar a 80%. O complexo empregará até o final do ano mais de 9 mil trabalhadores. Deste contingente, 82% são nordestinos e 78% pernambucanos.