O ouro e aplicações financeiras de perfil mais conservador foram os investimentos mais rentáveis de outubro, batendo a Bolsa de Valores, a “campeã” do ranking nos últimos três meses. A cotação da commodity oscilou 2,70% neste mês, tendo como referência os preços negociados na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), de alcance bem mais restrito para o investidor médio.

Os fundos de investimentos do tipo DI e Renda Fixa proporcionaram rentabilidade média de 0,62% e 0,59%, respectivamente, pelos cálculos da Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), que leva em conta dados atualizados até o dia 27. Nesses níveis, o retorno dessas aplicações “empata” com o ganho da popular caderneta de poupança no período (0,50%), livre do imposto de renda.

A Bolsa de Valores mal proporcionou a cobertura da inflação no mês. O índice Ibovespa, que serve de referência para boa parte dos fundos de renda variável, registrou leve alta de 0,04% no mês.

A cotação do dólar comercial, seguido de perto pelos fundos cambiais disponíveis na praça, teve queda de 0,85% em outubro.

A inflação medida pelo IGP-M foi de apenas 0,05%. Pelo IPCA-15, foi de 0,18%. O primeiro índice embute preços do atacado, varejo e construção civil. Já o segundo reflete o custo de vida para famílias com renda mensal de até 40 salários mínimos.

Rentabilidade anual

A dois meses do final de ano, será preciso uma verdadeira “tragédia” para tirar a Bolsa de Valores do topo dos investimentos mais rentáveis de 2009. O índice Ibovespa ainda acumula ganhos de 63,90% entre janeiro e outubro.

Os fundos de investimento do tipo DI e Renda Fixa, por sua vez, têm retorno de 8,54% e 8,79% no mesmo período. A poupança, de 5,80%.

Entre janeiro e outubro, a cotação do ouro desvalorizou 7,74%, ainda pela referência de preços da BM&F. No caso do câmbio, a desvalorização foi de 24,72%.

A inflação em dez meses foi calculada em 3,34%, conforme o IPCA-15. Segundo a leitura do IGP-M, houve deflação de 1,57% nesse mesmo período.