Em um dia de recuperação das Bolsas de Valores, com o forte incremento (19,2%) da produção industrial chinesa, os preços da moeda americana desvalorizaram ao longo de toda a jornada desta sexta-feira. O Banco Central voltou a realizar um “leilão” tardio para compra.
Dessa forma, o dólar comercial foi vendido por R$ 1,757, em um recuo de 0,50%, nas últimas operações de hoje. As taxas oscilaram entre R$ 1,768 e R$ 1,747. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,870, em um recuo de 0,53%.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em alta de 0,76%, aos 69.254 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,22 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,59%.
As Bolsas de Valores asiáticas foram as primeiras a repercutir, numa reação que se prolongou pelos demais mercados, à noticia de que a economia chinesa, uma das maiores importadoras mundiais de commodities (e grande compradora de produtos brasileiros), deu sinais de que está em franco processo de recuperação econômica. Nesta semana, o governo chinês também reforçou que deve manter uma série de estímulos fiscais, com vistas ao consumo interno no ano que vem.
O Banco Central entrou no mercado de câmbio às 15h52 (hora de Brasília) e aceitou ofertas por R$ 1,7593 (taxa de corte). Até ontem, as reservas internacionais somavam US$ 239,118 bilhões.
Juros futuros
O mercado de juros futuros, que sinaliza o custo do dinheiro para os bancos, manteve as taxas projetadas nos contratos de prazo mais longo.
No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista permaneceu em 9,78% ao ano, enquanto no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada continuou em 10,34%. Nesse semana, a frustração com o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no trimestre passado fez muitos analistas revisarem suas projeções de um aumento da taxa Selic (8,75%) logo no primeiro semestre de 2010.