Uma pesquisa da ADI Research estima que a receita com os serviços de banda larga móvel de quarta geração, em que se inclui o sistema de conexão chamado LTE (Long Term Evolution), somará US$ 70 bilhões em 2014.

“Para o mercado de telecomunicações, não é um valor tão grande, mas mostra que tem um retorno positivo, tem demanda. Já está acontecendo lá fora”, diz Luiz Henrique da Silva, da Telcomp, entidade com o objetivo de promover a concorrência no setor de telecomunicações.

Para Cristiano Laux, da consultoria Pyramid Research, “nos próximos três anos as principais operadoras móveis ao redor do mundo investirão no LTE tal como hoje fazem com o HSPA [tecnologia de terceira geração, anterior ao HSPA+]”. Laux estima que, “no Brasil, o fator de crescimento da banda larga móvel será três vezes maior que o da banda larga fixa para o período de 2010 a 2014”.

O erro do 3G, de novo?

Uma reportagem recente do jornal The New York Times esfria um pouco a euforia dos que aguardam por esse serviço, afirmando que as empresas globais de telecomunicações estão cautelosas diante do LTE. “Elas não querem repetir os erros de uma década atrás, quando gastaram bilhões em equipamentos e licenças para redes 3G e viram os consumidores ignorarem essa tecnologia até a Apple lançar o iPhone, em 2007.

Mas diretor corporativo da Qualcomm no Brasil, Paulo Breviglieri, não vê esse problema no momento. “Quando a Europa definiu a frequência de 3G, houve a bolha da internet, uma superexpectativa de crescimento. Acho que esse foi o único erro daquela época”, afirma.

A própria Qualcomm, que vende semicondutores para celulares, está investindo em pesquisas de desenvolvimento do LTE. Breviglieri diz que duas operadoras no Brasil planejam lançar neste ano a tecnologia HSPA+, que seria intermediária entre a 3ª e a 4ª geração.