Uma pesquisa feita pela empresa americana de recursos humanos Manpower colocou o Brasil como sendo o país com a segunda maior expectativa de criação de empregos para o segundo trimestre de 2010 entre os 36 países e territórios analisados.
Com isso, a posição brasileira na pesquisa feita trimestralmente pela empresa se manteve inalterada pelo terceiro trimestre consecutivo. Apenas a Índia apresenta uma expectativa maior de contratações nesse período.
No levantamento, a Manpower usa o índice de Expectativa Líquida de Emprego, que é a diferença entre as porcentagens relativas à expectativa de criação e de redução do número de vagas de trabalho.
Entre os quase mil empregadores brasileiros entrevistados, 43% acreditam que contratarão mais e 5% disseram esperar reduzir sua mão-de-obra no segundo trimestre de 2010.
Dessa forma, a Expectativa Líquida de Emprego no Brasil é de 38%, sete pontos a mais do que os números registrados no último trimestre.
Setores
Os setores que mais esperam contratar são os de Finanças/Seguros e o Imobiliário, com índice de 49% e aumento de seis pontos em relação ao primeiro trimestre.
Educação e Adminstração Pública apresentam índice de 48%, contra apenas 19% do período anterior.
Os índices nos outros setores pesquisados são: Construção (45%, mesmo número que no primeiro trimestre), Serviços (44% contra 40%), Indústria (36% contra 22%), Comércio (34% contra 31%), Transportes e Serviços Públicos (33% contra 31%) e Agricultura, Pesca e Mineração (23% contra 13%).
Atrás do Brasil, o país americano com o melhor resultado foi a Costa Rica, com índice de 23%, seguido da Argentina com 18%. Com resultado de 5% a expectativa dos Estados Unidos manteve-se estável, porém melhor do que a do mesmo período de 2009.
A pesquisa da Manpower aponta que dos 36 países e territórios pesquisados, 27 esperam contratar mais do que demitir no próximo trimestre.
A Manpower Employment Outlook Survey é feita a cada três meses há mais de 47 anos, inicialmente nos Estados Unidos e posteriormente englobando outros países. O estudo começou a incluir o Brasil em 2009.