A balança comercial brasileira registrou um superávit (exportações menos importações) de US$ 1,28 bilhão em abril deste ano, informou nesta segunda-feira (3) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Esse é o melhor resultado deste ano. Ainda assim, na comparação com igual mês do ano passado, quando o saldo positivo somou US$ 3,69 bilhões, houve uma queda de 65%, segundo os números do governo. As comparações com igual período do ano anterior são consideradas mais apropriadas por especialistas.
Aquecimento da economia
O desempenho mais modesto da balança comercial, no início de 2010, é fruto da economia aquecida e do dólar barato, fatores que têm impulsionado as compras do exterior.
Em abril, por exemplo, as exportações somaram US$ 15,16 bilhões, com média diária de US$ 758 milhões, o que representa um crescimento de 23% sobre o mesmo mês de 2009. Ao mesmo tempo, porém, as compras do exterior somaram US$ 13,87 bilhões no período, ou US$ 693 milhões por dia, com forte crescimento de 60,8% sobre abril de 2009.
Janeiro a abril
No acumulado dos quatro primeiros meses de 2010, o saldo positivo da balança comercial somou US$ 2,17 bilhões, informou o Ministério do Desenvolvimento. Em igual período do ano passado, o superávit da balança totalizou US$ 6,68 bilhões. Deste modo, houve uma queda de 67,4% no acumulado deste ano.
De janeiro a abril deste ano, as exportações brasileiras somaram US$ 54,39 bilhões, com média diária de US$ 671 milhões, enquanto que as compras do exterior totalizaram US$ 52,21 bilhões, com média de US$ 644 milhões por dia útil. Na comparação com o mesmo período do ano passado, as exportações cresceram 25%, e as importações avançaram 41,8%.
Previsões para 2010 e 2011
Em 2010, com um crescimento econômico acima de 6% e com dólar barato, as importações deverão crescer, segundo estimativa dos economistas, o que levará a balança comercial deverá sofrer nova deterioração.
Analistas de bancos esperam um saldo de US$ 12,2 bilhões para a balança comercial em 2010. Para 2011, a estimativa dos economistas é de um superávit comercial ainda menor, de US$ 5 bihões.