A Telefónica contratou um segundo escritório de advocacia, o norte-americano Dewey & Leboeuf, para assessorá-la no processo de arbitragem que instituiu em um tribunal de Amsterdam, na Holanda. A companhia espanhola busca desfazer a joint venture (associação) que possui com a Portugal Telecom (PT) por meio da qual as duas empresas controlam a brasileira Vivo.

A Telefónica informou, através de um porta-voz, que o Dewey & Leboeuf tentará identificar se a Portugal Telecom falhou em fornecer informações sobre se o uso pelo governo de Portugal das golden shares (ações com poder de veto) que possui na PT constituiu uma violação dos compromissos da empresa com seus investidores.

O governo português utilizou no mês passado suas golden shares – mecanismo que governos europeus têm usado para impedir aquisições hostis de empresas que consideram de importância estratégica – para bloquear a oferta de 7,15 bilhões de euros da Telefónica pela participação da PT na joint venture Brasilcel, que controla 60% da Vivo no Brasil.

Na segunda-feira, a Telefónica informou que havia contratado o escritório de advocacia holandês De Brauw Blackstone Westbroek para estudar meios para dissolver a Brasilcel, que é registrada na Holanda.