O crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar em 5,9% nos próximos cinco anos, de acordo com o relatório bimestral Economia Brasileira em Perspectiva, divulgado hoje (21) pelo Ministério da Fazenda.
O percentual é maior do que o do relatório anterior, que foi de 5,7%. Segundo técnicos do Ministério da Fazenda, o crescimento de 8,8% da economia no segundo trimestre superou as expectativas, e a estimativa para a demanda interna é de um crescimento 10,3%, considerada a maior dos últimos anos, sem resultar em aumento de preços.
O relatório também mostra que o investimento voltou a acelerar a partir de 2010, com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Petrobras e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) sendo os responsáveis pela retomada dos investimentos. Ao final de 2010, a expectativa é que esses investimentos fiquem em 19,1% do PIB, destacando-se as obras para a Copa do Mundo, as Olimpíadas e as do PAC-2.
Os técnicos mostraram-se também otimistas quanto às perspectivas para a indústria, já que das 1.195 empresas pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) 49,3% preveem aumento da produção em setembro e novembro. Para o quarto bimestre, a expectativa é que a produção industrial volte a apresentar desempenho positivo.
Quanto ao mercado de consumo de massa, o ministério estima que o percentual da classe C cresça para 21,5%, com a redução da pobreza. O total de empregos, na avaliação dos técnicos da Fazenda, deve situar-se em 15 milhões no período entre 2003 a 2010.