A emissão de cheques sem fundos, em janeiro, foi a menor desde 2005 na comparação com igual mês dos anos anteriores. Segundo levantamento da empresa de consultoria Serasa Experian, 1,7% do total de cheques compensados não tinha fundos, percentual que ficou abaixo do de dezembro, quando havia oscilado em 1,72%, mas superou ligeiramente o resultado de novembro de 2010 (1,68%). Em janeiro do ano passado, a taxa tinha sido de 1,85%.
O resultado de janeiro indica que a cada mil cheques compensados 17 não tinham a provisão necessária na conta do correntista para a quitação do débito. No mês passado, o número de documentos compensados em todo o país atingiu 169,8 milhões dos quais 2,8 milhões foram devolvidos.
Na análise técnica da Serasa, a queda no movimento na comparação com o mesmo período dos anos anteriores é “reflexo da evolução favorável do mercado de trabalho durante 2010”. Por meio de nota, os economistas da companhia alertaram sobre os riscos de uma tendência de reversão nos meses de fevereiro e março, períodos em que o orçamento familiar fica mais apertado por conta das despesas com impostos como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre a Propriedade dos Veículos Automotores (IPVA), além dos gastos na educação.
No ranking nacional, São Paulo foi o estado com a menor taxa de inadimplência de cheques (1,29%). Na outra ponta, o estado de Roraima aparece com o maior percentual (11,38%). Por região, o Norte do país apresenta a maior taxa (3,80%) e o Sudeste, a menor (1,39%).