Impulsionada pelas vendas de bens e serviços e a massa salarial, a arrecadação federal iniciou 2011 com recorde. Segundo números divulgados há pouco pela Receita Federal, a arrecadação em janeiro somou R$ 91,701 bilhões, alta de 15,34% em relação a igual período do ano passado, descontada a inflação oficial pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O resultado foi o melhor para meses de janeiro e o segundo melhor da história, perdendo apenas para dezembro do ano passado, quando a arrecadação, corrigida pelo IPCA, havia somado R$ 94,015 bilhões.
De acordo com a Receita, o pagamento da primeira cota do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em janeiro, além do pagamento trimestral de royalties relativos à extração de petróleo contribuíram para o recorde. O fim das desonerações do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de automóveis também ajudou no crescimento em relação a janeiro de 2010.
O principal fator, no entanto, foi o desempenho da economia em dezembro do ano passado, que se reflete no recolhimento dos tributos em janeiro. A massa salarial aumentou 17,98% em dezembro em relação ao mesmo mês de 2009, as vendas de bens e serviços subiram 14,80% e a produção industrial se elevou em 2,7% na mesma comparação.
No mês passado, o secretário da Receita, Carlos Alberto Barreto, havia estimado crescimento nominal de 10% na arrecadação federal neste ano. Se for retirado o IPCA e considerado apenas o valor nominal, a alta nas receitas em janeiro foi de 22,25%, mais que o dobro da previsão inicial.