A projeção dos analistas do mercado financeiro para a inflação oficial neste ano subiu pela 12ª semana seguida. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,79% para 5,80%. Há quatro semanas, a projeção estava em 5,64%. Para 2012, a estimativa permanece em 4,78%. As informações constam do boletim Focus, publicação semanal divulgada pelo Banco Central (BC), elaborada com base nas estimativas de analistas do mercado financeiro sobre os principais indicadores da economia.

A projeção para o IPCA está cada vez mais distante do centro da meta de inflação de 4,5%, válida para ano e 2012. A meta tem ainda margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o limite inferior é de 2,5% e o superior, de 6,5%.

Cabe ao BC perseguir a meta de inflação e para isso a instituição usa como principal instrumento de controle da demanda por bens e serviços a taxa básica de juros, a Selic. Quando considera que a economia está muito aquecida, com trajetória de inflação em alta, o BC eleva a taxa, que atualmente está em 11,25% ao ano.

Por isso, os analistas projetam que a Selic encerrará 2011 em 12,50% ao ano. Na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, marcada para amanhã (1º) e quarta-feira (2), os analistas esperam que essa taxa suba para 11,75% ao ano. Para o final de 2012, a expectativa para a Selic é de retorno ao atual patamar (11,25% ao ano).

A pesquisa do BC também traz estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe). Para este ano, a projeção caiu de 5,53% para 5,50%. Para 2012, permanece em 4,67%.

A estimativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), neste ano, passou de 6,56% para 6,66%. Para 2012, subiu de 4,84% para 4,87%.

Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), neste ano, a estimativa foi alterada de 6,51% para 6,70%. Para 2012, permanece em 4,70%.

A projeção dos analistas para os preços administrados subiu de 4,45% para 4,50%, em 2011, e permanece em 4,50%, no próximo ano. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo, entre outros.