O Banco PanAmericano apresentou lucro líquido de R$ 76,1 milhões no primeiro trimestre de 2011, após prejuízo de R$ 133,6 milhões registrado em dezembro de 2010, segundo balanço divulgado hoje (16).
No ano passado, foi descoberto um rombo nas contas do banco que chegou a R$ 4,3 bilhões. Inicialmente, o grupo Silvio Santos pegou dinheiro do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), formado com recursos dos bancos para assegurar depósitos de clientes bancários em caso de quebra de instituições financeiras. Mas as irregularidades levaram à venda do controle da instituição financeira ao BTG Pactual, que assumirá a parte do grupo Silvio Santos. A Caixa detém participação no PanAmericano.
Segundo o balanço do PanAmericano, devido às irregularidades contábeis e de controles internos da época da descoberta do rombo, no ano passado, a nova administração da instituição optou por redefinir sistemas e controles.
Devido a essas mudanças, o banco preferiu não fazer comparações do resultado do último trimestre com períodos do ano passado. “Dada à inviabilidade de se reconstituir, de forma apropriada, as demonstrações financeiras anteriores a novembro de 2010, a nova administração não encontrou alternativa que não a de estabelecer uma nova base contábil confiável, através da elaboração de um balanço patrimonial especial de abertura, com informações obtidas por meio de um levantamento completo de todos os direitos e as obrigações da Companhia em 30 de novembro de 2010”.
De acordo com o balanço, a carteira total de crédito ficou em R$ 10,2 bilhões ao final do primeiro trimestre de 2011, ante R$ 13,3 bilhões em dezembro de 2010. Segundo o balanço, a redução da carteira no trimestre se deve à cessão de direitos creditórios no valor de aproximadamente R$ 3,5 bilhões ao FGC.
Segundo o balanço, o principal mercado de atuação continuou sendo o de financiamento de veículos, com concessão de R$ 985,9 milhões no trimestre. O banco está presente em 25.802 concessionárias e revendedoras de veículos novos e usados, onde atua por meio de 1.102 contatos comerciais, entre próprios e terceiros. “A estratégia para este mercado tem sido orientada pela busca de maior participação no segmento de veículos novos, com o objetivo de alcançar uma melhor relação entre risco e retorno da carteira”, diz o PanAmericano no relatório